DE LONDRES

A biografia do ex-primeiro-ministro britânico Tony Blair está vendendo muito bem. Em menos de uma semana, foram mais de 92 mil exemplares no Reino Unido, maior vendagem de uma biografia em tão pouco tempo desde que começaram a ser feitos esses registros no país, em 1998.
Nos Estados Unidos, já foi impressa uma segunda edição de 25 mil exemplares, após os 50 mil iniciais. Na livraria online Amazon do Reino Unido, o livro está em primeiro lugar entre os mais vendidos. Nos EUA, aparece na 13ª posição.
Mas o político-autor não pode comemorar muito, ao menos não em público. Na primeira tarde de autógrafos, dia 4 de setembro, em Dublin, na Irlanda, um forte esquema policial teve que proteger o primeiro-ministro.
Manifestantes contra as guerras no Iraque e no Afeganistão atiraram ovos e sapatos em Blair. Quatro pessoas foram detidas. Com medo de novos protestos, o ex-primeiro-ministro britânico cancelou a tarde de autógrafos que faria no centro de Londres no último dia 8.
Um jornal inglês publicou que a rainha Elizabeth 2ª ficou furiosa com o livro, que diz, entre outras coisas, que a realeza come demais e tem empregados demais.
Já um grupo de manifestantes anti-Blair usou uma página na rede social Facebook para pedir às pessoas que fossem às livrarias mudar os exemplares da seção de biografias para a de crimes, o que aconteceu em alguns lugares. (VM)

Texto Anterior: Crítica/O legado o ex-premiê: Em biografia, Blair procura reaver apoio dos britânicos
Próximo Texto: Haiti: País deve receber dinheiro de conta de Baby Doc na Suíça
Índice | Comunicar Erros