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Premiê da Itália é agredido após discurso
Berlusconi cumprimentava partidários ao final de comício em Milão quando foi acertado na boca com uma miniestátua
Com rosto ensanguentado, líder conservador é levado a hospital para passar a noite; agressor, de 42 anos, é preso pela polícia no próprio local
DA REDAÇÃO
O premiê da Itália, Silvio Berlusconi, foi agredido no rosto
ontem ao descer de um palanque e aproximar-se de apoiadores ao final de um comício em
Milão. Com a boca ensanguentada, o líder conservador foi levado a um hospital, onde faria
exames e passaria a noite. O
agressor foi preso pela polícia.
Segundo relatos iniciais, Berlusconi teria levado um soco no
momento em que cumprimentava os partidários, porém mais
tarde ganhou força a versão de
que o premiê italiano havia sido
atingido por uma miniestátua
da catedral do Duomo -em cuja praça o premiê discursava-,
de material não identificado.
Após a agressão, Berlusconi
-que teria caído com o impacto no rosto- foi levado por seguranças para o carro oficial.
Em seguida, no entanto, o
premiê saiu novamente do veículo e ficou em pé ante os partidários por alguns momentos,
aparentemente para demonstrar seu bom estado, antes de
ser mais uma vez colocado no
carro e conduzido ao hospital.
As imagens de momentos depois do ataque mostravam o
polêmico político conservador
com uma expressão assustada e
sangue espalhado pelo lado esquerdo do rosto desde a boca,
inclusive com os dentes ensanguentados, até abaixo do olho.
Após o atendimento, o médico pessoal de Berlusconi, Alberto Zangrillo, disse que o premiê estava bem e consciente,
mas com uma "pequena fratura" no nariz e dois dentes quebrados, além de ter levado pontos na boca. Zangrillo disse que
o líder deve ficar até terça em
observação e estimou sua recuperação em cerca de 15 dias.
O agressor, levado para interrogatório, foi identificado como Massimo Tartaglia, 42. Segundo a polícia, ele não possui
antecedente criminal. A agência italiana Ansa noticiou que
ele faz tratamento psiquiátrico
há dez anos. Até o fechamento
da edição não havia informação
sobre possíveis motivações.
Durante o discurso aos milhares de partidários, Berlusconi voltou a fazer ácidas críticas
à "esquerda marxista" no país e
chegou a dirigir palavras a um
pequeno grupo de opositores
presentes no evento. O presidente italiano, Giorgio Napolitano -um dos alvos frequentes
do premiê-, condenou o "grave e inusual ato de agressão".
Com agências internacionais
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