|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Brasil não prevê mudança em contrato da Petrobras nem calote
DO ENVIADO A QUITO
O governo brasileiro acredita
que o presidente eleito do
Equador, Rafael Correa, não
criará obstáculos para as atividades da Petrobras nem buscará renegociar a dívida que o Estado tem com o BNDES (Banco
Nacional de Desenvolvimento
Econômico e Social).
De acordo com fontes diplomáticas, Correa deixou claro
que não incluirá o bloco 31 da
Petrobras na área do centro-sul
amazônico em que, de acordo
com seu programa de governo,
haverá uma "moratória" para
projetos petrolíferos.
A posição de Correa expressada ao Brasil representa um
recuo em declarações dadas
durante a campanha. Em outubro, Fander Falconí, coordenador de campanha e futuro secretário de Planejamento, disse
à Folha que o bloco 31 ficaria
suspenso até ser revisado caso
o esquerdista vencesse.
Esse bloco é criticado por
ambientalistas por estar dentro do Parque Nacional Yasuní,
considerado pela Unesco uma
reserva mundial da biosfera.
Em 2005, teve a licença ambiental suspensa, pelo atual governo, de Alfredo Palacio.
A Petrobras refez o estudo de
impacto ambiental, que já foi
aprovado pelos ministérios do
Meio Ambiente e de Energia.
Com aprovação, a Petrobras
pediu nova licença ambiental
-procedimento considerado
apenas formal pela empresa. A
expectativa é que a aprovação
seja oficializada em alguns
dias. A aprovação ficou mais fácil depois que Correa decidiu
manter a atual ministra do
Meio Ambiente, Ana Albán.
Quanto à promessa de Correa de renegociar a sua dívida
externa, o governo brasileiro
avalia que sua intenção alcança
apenas dívidas comerciais e
com organismos multilaterais,
deixando de fora o BNDES.
Como Correa expressou o
desejo de negociar mais empréstimos com o BNDES durante sua visita a Lula em dezembro, o governo brasileiro
avalia que o esquerdista não
tentará mudar os acordos vigentes.
(FM)
Texto Anterior: Convite a líder iraniano faz Kirchner faltar Próximo Texto: Governador boliviano se refugia Índice
|