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Morre, no Chile, jornalista que investigou crimes da ditadura de Pinochet
DA REDAÇÃO
A jornalista e escritora
chilena Patricia Verdugo, cujos livros jogaram luz sobre
os crimes da ditadura Augusto Pinochet (1973-1990) e
embasaram processos judiciais contra o general, morreu de câncer aos 61 anos na
noite de anteontem.
Verdugo é autora de "A
Caravana da Morte" (Editora Revan). Lançado em 1985,
ainda sob o regime militar, a
obra relata a ação do governo
para exterminar mais de 70
opositores entre outubro e
novembro de 1973.
Com a redemocratização,
o livro tornou-se um dos
best-seller, e os depoimentos e dados nele contidos foram usados, depois, na investigação judicial sobre as
responsabilidade de Pinochet nas mortes. O general
morreu em dezembro de
2006, porém, sem jamais ter
sido condenado. "A transição chilena teve um preço: a
impunidade de Pinochet",
escreveu a jornalista em artigo para a Folha há um ano.
Verdugo teve a vida marcada pela ditadura. Seu pai, o
sindicalista Sergio Verdugo,
foi morto pelo regime em
1976. Sobre o episódio, ela
escreveu "Bucarest 187",
editado em 2001. Publicou
outros vários livros sobre o
período, entre eles "Chile,
1973 - Como os EUA derrubaram Allende" (Revan). Investigou ainda a origem da
fortuna escusa da família Pinochet no exterior.
Em 1993, ganhou um dos
prêmios mais importantes
da área nos EUA, o Maria
Moors Cabot, ligado à Universidade Columbia, em Nova York. Em 1997, recebeu o
Prêmio Nacional de Jornalismo do Chile.
Com agências internacionais
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