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Guerrilheiro que matou chefe terá US$ 2,7 mi
DA REDAÇÃO
Num caso que provocou
controvérsia na opinião
pública do país, o governo
da Colômbia anunciou ontem que pagará uma milionária recompensa a um
guerrilheiro que assassinou seu chefe Iván Ríos,
da cúpula das Farc, e se entregou às autoridades.
O ministro da Defesa colombiano, Juan Manuel
Santos, disse que a retribuição de até 5 milhões de
pesos (quase US$ 2,7 milhões) prevista para quem
fornecesse informações
para a captura de Ríos
também será paga a "três
fontes principais" de dados sobre o caso.
Santos frisou que Pedro
Pablo Montoya, cujo nome na guerrilha era "Rojas", receberá o dinheiro
pela informação passada
às autoridades -computador e cartuchos de memória de Ríos, dados sobre rotas de narcotráfico- e não
pelo assassinato do chefe.
Segundo Montoya, "sob
pressão" pelo cerco das
forças colombianas, ele,
que se disse chefe de segurança de Iván Ríos, resolveu matá-lo no dia 5. Como prova, levou às autoridades a mão de Ríos, documentos e o computador.
A forma como o ex-guerrilheiro responderá
pelo crime, diz o governo,
está nas mãos do Ministério Público colombiano.
Mas o procurador-geral da
Colômbia, Mario Iguarán,
já afirmou que devem ser
avaliadas as circunstâncias em que Montoya cometeu o crime, pois há
motivos que o podem exonerar de responsabilidade.
Outros analistas criticaram o pagamento, já que o
governo incentivaria o assassinato deliberado de
guerrilheiros. A Constituição veta a pena de morte.
O ministro da Defesa
também disse que foram
identificados como "Lucas" e "Guillermo", integrantes das Farc, os dois
colombianos internados
em um hospital da Venezuela. Disse esperar que
sejam deportados.
Com agências internacionais
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