São Paulo, sábado, 15 de março de 2008

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Guerrilheiro que matou chefe terá US$ 2,7 mi

DA REDAÇÃO

Num caso que provocou controvérsia na opinião pública do país, o governo da Colômbia anunciou ontem que pagará uma milionária recompensa a um guerrilheiro que assassinou seu chefe Iván Ríos, da cúpula das Farc, e se entregou às autoridades.
O ministro da Defesa colombiano, Juan Manuel Santos, disse que a retribuição de até 5 milhões de pesos (quase US$ 2,7 milhões) prevista para quem fornecesse informações para a captura de Ríos também será paga a "três fontes principais" de dados sobre o caso.
Santos frisou que Pedro Pablo Montoya, cujo nome na guerrilha era "Rojas", receberá o dinheiro pela informação passada às autoridades -computador e cartuchos de memória de Ríos, dados sobre rotas de narcotráfico- e não pelo assassinato do chefe.
Segundo Montoya, "sob pressão" pelo cerco das forças colombianas, ele, que se disse chefe de segurança de Iván Ríos, resolveu matá-lo no dia 5. Como prova, levou às autoridades a mão de Ríos, documentos e o computador.
A forma como o ex-guerrilheiro responderá pelo crime, diz o governo, está nas mãos do Ministério Público colombiano. Mas o procurador-geral da Colômbia, Mario Iguarán, já afirmou que devem ser avaliadas as circunstâncias em que Montoya cometeu o crime, pois há motivos que o podem exonerar de responsabilidade.
Outros analistas criticaram o pagamento, já que o governo incentivaria o assassinato deliberado de guerrilheiros. A Constituição veta a pena de morte.
O ministro da Defesa também disse que foram identificados como "Lucas" e "Guillermo", integrantes das Farc, os dois colombianos internados em um hospital da Venezuela. Disse esperar que sejam deportados.


Com agências internacionais


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