São Paulo, sábado, 15 de março de 2008

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Mídia e turistas têm de lidar com restrições

DA REDAÇÃO

A cobertura dos conflitos no Tibete sofre um blecaute informativo imposto pela China. Em território chinês, as emissoras CNN e BBC tiveram a programação várias vezes interrompida ontem, quando alguma reportagem sobre o Tibete estava para ser exibida.
Fotos e vídeos dos protestos em Lhasa divulgados ontem pela mídia ocidental não levam a assinatura do autor e foram feitos por residentes locais. Jornalistas estrangeiros só podem visitar a região com autorização de Pequim.
A agência estatal Xinhua divulgou uma pequena nota sobre os incidentes e o porta-voz da Chancelaria se limitou a criticar o líder espiritual tibetano, dalai lama, e suas "atitudes separatistas".
As atividades turísticas na região também são alvo de restrições. Protestos pró-Tibete, no ano passado, levaram o governo chinês a apertar o cerco ao turismo na região. Desde a década de 1980, é preciso permissão especial para visitar certas áreas.
Além da autorização para entrar no Tibete, é necessário um segundo documento, emitido em Lhasa, para visitar zonas rurais e fronteiriças, seguindo regras que mudam constantemente. Outras áreas são fechadas à visitação, como a região de Ladakh, fronteira com a Índia.
Ontem, a China anunciou que escaladas no monte Everest -fronteira entre o Nepal e o Tibete- estarão proibidas até o início da Olimpíada, em agosto. A intenção é evitar que ativistas tibetanos atrapalhem os planos chineses de atravessar a tocha olímpica pela montanha.


Texto Anterior: Tibetanos enfrentam polícia em Lhasa
Próximo Texto: Líderes ocidentais pedem "moderação" à China
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.