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Líderes ocidentais pedem "moderação" à China
EUA, UE e ONU condenam uso da força contra protestos pró-Tibete, em Lhasa
Casa Branca exorta governo chinês a mostrar "provas de moderação", respeitar a cultura tibetana e buscar diálogo com o dalai lama
Sem crédito do autor/Reuters
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Manifestantes jogam pedras em caminhões do Exército chinês, após escalada da violência dos protestos em Lhasa, no Tibete |
DA REDAÇÃO
Estados Unidos, União Européia e as Nações Unidas exortaram a China a conter o uso da
força contra manifestações pela autonomia do Tibete, na capital da região autônoma Lhasa. Os protestos, iniciados no
início da semana com marchas
pacíficas de monges budistas,
registraram uma escalada de
violência ontem. Pessoas queimaram carros e atiraram pedras na polícia, que revidou atirando. Haveria mortos, segundo relatos não confirmados.
O embaixador dos EUA em
Pequim, Clark Randt, pediu ao
governo chinês que "dê provas
de moderação" no Tibete e que
não recorra ao uso da força.
Pouco antes, a Casa Branca criticou os episódios de violência e
pediu que a China respeite a
cultura tibetana. "Condenamos
as tensões. O presidente [George W. Bush] afirma sistematicamente que Pequim precisa
manter um diálogo com o dalai
lama", disse o porta-voz Gordon Johndroe.
O governo chinês acusou o
dalai lama-líder religioso e político tibetano- de estar por
trás do avanço das manifestações em Lhasa. Do exílio no
norte da Índia, ele negou as
acusações e pediu o fim da violência. "Esses protestos são
manifestação do profundo ressentimento do povo tibetano
com o atual poder. Peço aos líderes chineses que ponham fim
a esse ressentimento através do
diálogo", afirmou.
Os líderes europeus, reunidos em cúpula em Bruxelas, pediram que as autoridades chinesas ajam com moderação e
aprovaram um texto que exige
a libertação dos manifestantes
presos. "Pedimos que seja garantido o respeito aos direitos
humanos. A condenação é forte
e é feita pelos 27 países-membros da UE", destacou o chefe
da diplomacia francesa, Bernard Kouchner. Já a alta comissária da ONU para os Direitos
Humanos, Louise Arbour, convocou a China a aceitar os protestos pacíficos.
Esta semana é celebrado o
aniversário do levante frustrado da oposição tibetana em
1959. Centenas de dissidentes
exilados fizeram manifestações
na capital indiana Nova Déli,
em Katmandu, no Nepal, e em
Lhasa, no Tibete.
Com agências internacionais.
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