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Ativista na Índia fala em mortos e feridos em Lhasa
DE PEQUIM
O movimento pela libertação
do Tibete admite que os protestos têm relação direta com a
realização das Olimpíadas de
Pequim, em agosto. "É uma boa
oportunidade de espalhar para
o mundo a nossa palavra, mostrar a nossa situação", diz Sangye, 27 (muitos tibetanos não
têm sobrenome).
Ele é ativista da organização
britânica Free Tibet (Tibete livre), nunca esteve na terra dos
seus pais, mas se considera tibetano no exílio. Leia trechos
da entrevista que ele deu à Folha, por telefone, de Dharamsala, Índia.
(RJL)
Violência
Havia mais do dobro de policiais que o de manifestantes em
Lhasa, segundo nos contaram
pessoas que moram lá. Há dezenas de feridos e vários mortos. Muita gente ferida se refugiou em um templo. Já ouvi que
o número vai de 6 a 36 mortos,
mas não temos como saber. A
repressão foi a maior em décadas, mas nenhuma informação
segura vai sair da China agora.
Olimpíadas
Não vamos parar de fazer
protestos. Não é sempre que temos a possibilidade de contar
ao mundo a repressão e a falta
de liberdade que existe no Tibete. Só voltarei ao meu país
quando houver liberdade lá e o
dalai lama puder voltar. Por enquanto, sou um refugiado.
Marcha na Índia
A Índia é uma democracia
que sempre permitiu manifestações. Mas, desta vez, os cem
monges que iriam começar
uma longa marcha a partir daqui para chegar ao Tibete em
agosto, durante os Jogos, foram
presos. A Índia quer proteger
sua relação com a China, por isso reprimiu a marcha.
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