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ORIENTE MÉDIO
Ministro palestino renuncia e agrava crise; confronto mata 5
DA REDAÇÃO
O primeiro-ministro palestino aceitou ontem a renúncia de seu ministro do
Interior, confirmando a primeira baixa no governo de
união formado há dois meses
para conter a luta fratricida
entre Fatah e Hamas.
A renúncia de Hani Kawasmeh, num dia em que
confrontos deixaram cinco
mortos em Gaza, é mais um
sinal de que a crise entre as
principais facções palestinas
está longe de ser resolvida.
Nove pessoas morreram e
pelo menos 70 ficaram feridas desde que a nova onda de
violência palestina teve início, na última sexta-feira.
Um cessar-fogo, intermediado pelo governo do Egito,
chegou a ser anunciado na
noite de domingo, mas não
conteve a violência.
Kawasmeh, que foi indicado pelo grupo islâmico Hamas para um cargo que incluía a explosiva missão de
controlar os serviços de segurança palestinos, justificou a renúncia afirmando
que jamais recebera autoridade suficiente.
Após a renúncia, o ministro da Informação, Mustafa
Barghouthi, disse que o gabinete decidira manter somente a polícia nas ruas de Gaza e
que as forças de segurança ficarão sob o comando do premiê palestino, Ismail Haniyeh, que passa a acumular interinamente as funções de
Kawasmeh.
O porta-voz do gabinete
palestino, Ghazi Hamad,
confirmou o novo acordo.
"Os líderes do Fatah e do Hamas prometeram que ambas
as partes porão fim a todas as
formas de tensão, evitarão
exibir armas, removerão
seus homens e barreiras das
ruas e trocarão reféns", disse.
A baixa no gabinete e a violência do fim de semana ressuscitaram os temores de
guerra civil, que o governo de
união jamais apagou.
O fantasma agora ressurge, sobretudo porque a nomeação do ministro do Interior foi justamente um dos
maiores entraves para a formação do gabinete, já que
tanto Hamas como Fatah
têm suas próprias milícias e
não queriam abrir mão do
controle sobre elas.
Com agências internacionais
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