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CRISE HUMANITÁRIA
Médicos abandonam feridos e fogem de guerra no Sri Lanka
DA REDAÇÃO
Doentes foram abandonados no único hospital da área
sob controle dos Tigres Tâmeis, grupo separatista do
Sri Lanka. As instalações médicas, improvisadas em uma
escola, tinham sido bombardeadas por dois dias consecutivos nesta semana, deixando pelo menos 100 mortos, segundo autoridades de
saúde da zona de guerra.
Grande parte dos funcionários de saúde fugiu da zona
conflagrada, onde ocorre o
que a ONU classificou como
"banho de sangue", deixando
para trás cerca de 400 feridos e dezenas de corpos não
sepultados.
Pelo menos 2.400 civis escaparam ontem do bastião
dos Tigres Tâmeis, reduzido
a 4 km2. O porta-voz do governo, Anusha Palpita, afirmou nesta madrugada que
operação, anunciada desde
janeiro como "ofensiva final" contra a guerrilha, deve
conquistar todo o terreno rebelde em até 48 horas.
Acossada, a guerrilha, que
mantinha um governo rebelde no norte da ilha, reluta em
permitir a saída de civis. Há
relatos de assassinatos dos
que tentavam escapar.
Os desabrigados estão sendo retidos em "campos de
triagem" sob controle militar, embora sejam cidadãos
do Sri Lanka. Superlotados,
os campos abrigam entre
160 mil e 200 mil.
O chefe de gabinete da Secretaria Geral da ONU, Vijay
Nambiar, deve chegar hoje
ao país para trabalhar por
uma saída que resguarde os
civis. Declaração do Conselho de Segurança exortou o
Sri Lanka a suspender a artilharia pesada e cobrou a rendição dos rebeldes.
Imagens de satélite e relatos de sobreviventes revelam
bombardeios contínuos à zona rebelde, apesar das negativas oficiais. O conflito entre a maioria cingalesa do
país e os tâmeis deixou até
100 mil mortos desde 1983.
Com agências internacionais
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