DA REUTERS

No penúltimo dia de seu giro pelo Oriente Médio, o papa Bento 16 defendeu ontem os valores da família tradicional e criticou os governos que reconhecem o casamento gay.
Diante de ao menos 40 mil pessoas na cidade de Nazaré, o pontífice destacou a "santidade da família, que, no plano de Deus, se baseia na fidelidade por toda a vida de um homem e uma mulher, consagrados pelos laços do matrimônio e aceitando o dom divino da nova vida".
Segundo o papa, os governos têm o dever de defender o casamento heterossexual tradicional e os valores familiares.
A missa -a maior de seu giro- foi celebrada em árabe, inglês e latim, no local conhecido como Monte do Precipício, onde, segundo a Bíblia, uma multidão teria tentado atirar Jesus de um penhasco.
A escolha de Nazaré traduz o esforço do Vaticano para apaziguar tensões com outras fés. A cidade, localizada no norte de Israel, concentra a maior população árabe do país.
Reiterando a mensagem de reconciliação inter-religiosa que norteou sua visita ao Oriente Médio, Bento 16 pediu que cristãos e muçulmanos "rejeitem o poder destruidor do ódio e do preconceito" e entoou, com um rabino e um imã, uma prece à paz.
O pontífice exortou ainda os cristãos a não abandonarem a Terra Santa. Segundo o Vaticano, os católicos representam 1,8% da população de Israel e dos territórios palestinos.


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