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ESCÂNDALO
Malversação de verba causa 2 baixas no Congresso britânico
DA REDAÇÃO
O escândalo do mal uso de
verbas de gabinete e auxílios
parlamentares no Reino
Unido provocou ontem suas
primeiras baixas, atingindo
tanto o Partido Trabalhista,
do primeiro-ministro Gordon Brown, quanto o Partido
Conservador, principal legenda da oposição.
O deputado conservador
Andrew Mackay renunciou
ao cargo de conselheiro do líder da oposição, David Cameron, após reconhecer que
ele e sua mulher, a também
parlamentar Julie Kirkbride,
cometeram uma irregularidade ao pedir uma segunda
ajuda de moradia a que têm
direito os parlamentares de
fora de Londres.
No Partido Trabalhista, o
deputado Elliot Morley, ex-ministro da Agricultura, foi
suspenso por pedir ajuda de
moradia para a hipoteca de
uma casa que já havia quitado. Brown veio a público
anunciar a suspensão.
Recentes revelações sobre
o uso de verbas de gabinete e
auxílios salariais por muitos
parlamentares para despesas
como limpeza de piscina,
instalação de lustre, compra
de adubo para o jardim e até
material pornográfico têm
provocado indignação entre
os eleitores britânicos.
Os escândalos -trazidos à
tona numa série de reportagens do jornal "Daily Telegraph", que reverberaram
pela imprensa britânica-
têm provocado a perda de
credibilidade generalizada
da classe política. Os casos
envolvem o uso muitas vezes
legal, porém antiético, de recursos públicos em benefício
privado dos parlamentares.
Cientistas políticos temem que os escândalos levem a um crescimento de legendas com discurso moralista, de extrema direita, em
futuras eleições.
Integrantes do Parlamento britânico ganham o equivalente a cerca de R$ 200 mil
por ano em salários, mas têm
ainda direito a verba de gabinete e outros "auxílios" que
alcançam um pouco mais de
R$ 400 mil ao ano.
Com agências internacionais
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