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TRIBUNAL PARA SERRA LEOA
Ex-presidente da Libéria inicia defesa por papel em guerra civil
DA ASSOCIATED PRESS
O ex-presidente da Libéria
Charles Taylor (1997-2003)
alegou inocência ontem no
primeiro dia do seu depoimento ao Tribunal Especial
para Serra Leoa, criado há
sete anos para investigar crimes cometidos durante a
guerra civil de 1996 a 2002.
Taylor, 61, responde a 11
acusações de crimes de guerra e contra a humanidade, assassinatos, violência física e
sexual, recrutamento forçado de crianças e escravidão.
Segundo a Promotoria, o
ex-mandatário financiou o
principal grupo rebelde serra-leonês em troca de diamantes extraídos no vizinho.
Dezenas de milhares de pessoas morreram no conflito.
"Esse processo todo é baseado em fraudes e mentiras.
Não sou culpado em nenhuma das acusações", afirmou
Taylor ao depor em sala no
Tribunal Penal Internacional, em Haia, na Holanda.
Embora o Tribunal Especial para Serra Leoa, patrocinado pela ONU, seja sediado
no país africano, Taylor fica
em Haia para evitar o acirramento de tensões. O depoimento deve levar semanas.
Taylor, o primeiro líder
africano a ser levado a uma
corte internacional, foi denunciado no órgão em 2003,
quando deixou o cargo sob
crescentes pressões americanas e se exilou na Nigéria.
Em 2006, o país, também
sob pressão de Washington,
entregou Taylor ao tribunal.
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