|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Venezuela espera ação de Chávez
do Conselho Editorial
O presidente venezuelano, Hugo Chávez, até tem razões para
sorrir: sua popularidade, embora
abaixo do pico de 89%, continua a
mais elevada (76%) entre seus pares.
Mas Chávez sabe que ela está associada ao pouco tempo de cargo
(tomou posse em fevereiro), o
que significa que o eleitorado venezuelano ainda pode esperar
que ele cumpra suas promessas.
Tanto sabe que acaba de anunciar um programa de investimentos públicos de US$ 1 bilhão, uma
forma de gerar, segundo ele, 400
mil empregos.
São empregos desesperadoramente necessários em um país em
que 20,4% da força de trabalho está desempregada e outros 55% estão subempregados, conforme o
mais recente levantamento do
Cenda (Centro de Documentação
e Análise para os Trabalhadores).
A solução política desenhada
por Chávez é a eleição de uma Assembléia Constituinte.
Mas a solução pode ser parte do
problema: os investidores externos estão crescentemente desconfiados de que a Constituinte colidirá com o Congresso normal.
"A Assembléia Constituinte é a
raiz da incerteza", diz, por exemplo, Jorge Redmond, presidente
da Câmara Americana de Comércio da Venezuela, que completa:
"Não haverá nenhum investimento (externo) ou reativação
econômica no curto prazo".
Pior para Chávez, se for de fato
assim: seu novo ministro das Finanças, José Alejandro Rojas, prevê uma contração econômica de
entre 3% e 4% neste ano.
(CR)
Texto Anterior: Em baixa: Líderes latinos perdem apoio popular Próximo Texto: Greve traduz caos no Equador Índice
|