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Guerrilha abala Colômbia
do Conselho Editorial
A crise colombiana, que era crônica, agora é aguda. Afinal, a
guerrilha luta ininterruptamente
há praticamente meio século, mas
só agora a turbulência institucional está afetando a relativa estabilidade econômica.
Só neste ano, o peso colombiano perdeu cerca de 25% do valor
ante o dólar, para uma inflação
que mal chegou a 9% (8,96% exatamente no primeiro semestre).
A queda do peso acompanha a
mais recente ofensiva da guerrilha esquerdista Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia), que causou 360 mortes.
E não há sinal de alívio. Ao contrário, a revista "La Semana" revela, em seu número desta semana,
que "Mono Jojoy", o chefe militar
das Farc, deu ordens para que
suas tropas sitiem Bogotá.
Não é bazófia: há 15 mil guerrilheiros nos 42.139 km2 desmilitarizados pelo governo, de acordo
com a negociação de paz lançada
pelo presidente Andrés Pastrana.
E as bordas desse território livre
ficam a meros 100 km de Bogotá.
A maioria dos analistas acredita
que a ofensiva das Farc é apenas
uma maneira de negociar em posição de força (o reinício do diálogo pela paz será na terça-feira).
Mas, se as negociações não
avançarem, será muito difícil para
o Exército deslocar a guerrilha do
território desmilitarizado.
Consequência possível: desestabilização em cadeia na América
Latina, especialmente em países
em dificuldades, como Peru,
Equador e Venezuela, segundo
John Sweeney, analista da ultraconservadora Heritage Foundation, em entrevista ao jornal argentino "La Nación".
(CR).
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