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GRANDE IRMÃO MÉDICO
Defensores dizem que dispositivo ajuda a evitar erros médicos; críticos questionam quebra de privacidade
EUA liberam implante de chip em paciente
DA REDAÇÃO
Os EUA liberaram nesta semana o implante de um chip
que, aplicado sob a pele do paciente e lido com um sensor, dá
acesso a sua ficha médica.
Decisão da FDA (órgão americano que regula alimentos e
fármacos) permitiu à empresa
Applied Digital Solutions, da
Flórida, vender o chamado VeriChip para fins médicos.
Do tamanho de um grão de
arroz, o dispositivo poder ser
implantado no braço do paciente, num procedimento indolor,
a um custo de cerca de US$ 200.
O chip não armazena o histórico médico do paciente, mas
carrega um código que, ao ser
escaneado, vai dar acesso a informações como tipo sangüíneo e alergias, inseridas em uma
base de dados eletrônica.
A empresa afirmou que seu
alvo são pessoas com diabetes,
doenças cardíacas crônicas, mal
de Alzheimer e que se submetam a tratamentos complexos
como a quimioterapia.
Defensores argumentam que
o chip vai facilitar o tratamento
de pacientes em situações de
emergência e diminuir a ocorrência de erros médicos.
"Um dos maiores problemas
no sistema de saúde é a situação
dos históricos médicos. A maior
parte está em papel", disse David Ellis, diretor de tecnologia
do Detroit Medical Center. "Esse tipo de tecnologia, que torna
mais simples a vida do paciente,
é parte do futuro da medicina."
Já os críticos dizem que o dispositivo é mais uma brecha para
que o Estado vigie os cidadãos.
A própria empresa já vende o
chip para uso em segurança e
transações financeiras.
"Se mecanismos de proteção
de privacidade não forem inseridos desde o início, podem haver conseqüências danosas aos
pacientes", disse Emily Stewart,
analista de política de saúde. Para ela, o chip deve liberar apenas
informações médicas vitais.
"O que é essa tecnologia ainda
está por definir. Mas terá de respeitar as regras de privacidade",
disse William Pierce, do Departamento de Saúde americano.
Com agências internacionais
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