São Paulo, sábado, 15 de outubro de 2011

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"Indignados" dos EUA evitam desocupação de parque em Nova York

Manifestantes do "Ocupe Wall Street" se mobilizaram e seguem acampados no local

VERENA FORNETTI

DE NOVA YORK

O movimento "Ocupe Wall Street" conseguiu impedir ontem que a Prefeitura de Nova York e a Brookfield Properties -dona do parque Zuccotti, onde está o acampamento-, retirassem os manifestantes do local para limpar o espaço público.
Com medo de que a manutenção fosse pretexto para retirá-los, os ativistas convocaram simpatizantes para se reunir no parque a partir das seis da manhã de ontem.
Juntaram uma multidão, de perfil variado: líderes religiosos, sindicalistas, estudantes, jovens loiros e negros, judeus, árabes, hippies, engravatados, idosos -como as vovós do movimento Granny Peace Brigade- e imigrantes.
Por volta das sete da manhã, não havia espaço no parque que não tivesse sido tomado pela multidão, que entoou gritos de guerra por mais de uma hora, até que organizadores anunciaram que a limpeza havia sido adiada.
A Polícia de Nova York não divulga estimativa de quantas pessoas participaram da manifestação. De acordo com o órgão, 15 manifestantes foram presos.
"Eu faço parte do 'Ocupe Los Angeles' e vim porque achei que em Nova York estavam precisando de mais ajuda. Fiquei surpreendido com o número de pessoas que vi aqui. Nunca teriam conseguido expulsar essa gente toda", disse o estudante Andrew Newton, 26.
"Apoiamos a justiça econômica e vemos esse movimento como algo novo em prol de mudança social", disse o ministro protestante Jude Geiger, 36.
Segundo o jornal "Washington Post", o prefeito Michael Bloomberg disse "imaginar" que a Brookfield Properties tomou a decisão de adiar a limpeza depois de sofrer ameaças de pessoas prometendo "tornar a vida dela mais difícil".
Para a organizadora do movimento, Camille Raneem, 21, o adiamento foi uma vitória, ainda que temporária.


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