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Processo de paz empaca, e país ganha relevo
DE JERUSALÉM
Ironicamente, o Brasil passou a ter mais importância para
a diplomacia israelense em
função da queda na expectativa
de que o processo de paz avance
na região.
A nomeação do linha-dura
Avigdor Liberman como ministro das Relações Exteriores, no
início do ano, levou a uma clara
mudança de foco em relação a
sua antecessora, Tzipi Livni,
hoje líder da oposição.
Em um documento que lista
as prioridades para o próximo
ano, enviado há poucos dias às
representações diplomáticas
de Israel no mundo, as palavras
"palestinos" e "Síria" não são
mencionadas nenhuma vez.
Ao mesmo tempo, o antigo
esforço para melhorar as relações com o mundo árabe caiu
para o fim da lista de prioridades, sendo substituído pelo fortalecimento dos laços com países emergentes, sobretudo os
que compõem o Bric (Brasil,
Rússia, Índia e China).
Yigal Palmor, porta-voz do
ministério, nega que o aumento
do interesse israelense no Brasil, reforçado pela visita de Liberman ao país, em julho, tenha como motivação conter a
penetração iraniana na América Latina. Mas admite que o tema causa desconforto nas autoridades de Israel.
"As ações do Irã causam
preocupação em todas as regiões. A América Latina não é
exceção", diz Palmor.0
(MN)
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