São Paulo, domingo, 15 de novembro de 2009

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Processo de paz empaca, e país ganha relevo

DE JERUSALÉM

Ironicamente, o Brasil passou a ter mais importância para a diplomacia israelense em função da queda na expectativa de que o processo de paz avance na região.
A nomeação do linha-dura Avigdor Liberman como ministro das Relações Exteriores, no início do ano, levou a uma clara mudança de foco em relação a sua antecessora, Tzipi Livni, hoje líder da oposição.
Em um documento que lista as prioridades para o próximo ano, enviado há poucos dias às representações diplomáticas de Israel no mundo, as palavras "palestinos" e "Síria" não são mencionadas nenhuma vez.
Ao mesmo tempo, o antigo esforço para melhorar as relações com o mundo árabe caiu para o fim da lista de prioridades, sendo substituído pelo fortalecimento dos laços com países emergentes, sobretudo os que compõem o Bric (Brasil, Rússia, Índia e China).
Yigal Palmor, porta-voz do ministério, nega que o aumento do interesse israelense no Brasil, reforçado pela visita de Liberman ao país, em julho, tenha como motivação conter a penetração iraniana na América Latina. Mas admite que o tema causa desconforto nas autoridades de Israel.
"As ações do Irã causam preocupação em todas as regiões. A América Latina não é exceção", diz Palmor.0 (MN)


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