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Pentágono monitora ativistas antiguerra
DE WASHINGTON
A guerra ao terrorismo declarada pelo presidente George W.
Bush após os atentados do 11 de
Setembro possui um front doméstico: o Pentágono admitiu à
rede de televisão "NBC" que espiona grupos pacifistas e protestos contra a Guerra do Iraque,
após uma reportagem mostrar o
monitoramento de 1.500 "incidentes suspeitos", entre eles quase 50 passeatas contra a guerra,
num período de dez meses.
"O Departamento da Defesa usa
contra-inteligência e informações
de combate ao crime coletadas
por agências de manutenção da
lei. O uso dessa informação está
subordinado a limitações estritas,
particularmente a informação
precisa se relacionar a missões relativas à proteção de instalações,
interesses e pessoal do Departamento da Defesa", disse um porta-voz do Pentágono à emissora,
anteontem.
O programa militar é conhecido
internamento no Pentágono pela
sigla em inglês Talon (Ameaça e
Notícias de Observação Local). O
relatório obtido pela NBC diz:
"Notamos um aumento nas comunicações entre grupos de protestos por meio da internet", ressaltando que não houve nenhuma
"conexão significativa" entre os
incidentes.
Guerra psicológica
No front externo, o Pentágono
reservou cerca de US$ 300 milhões (R$ 685,4 milhões) para
uma guerra psicológica fora dos
Estados Unidos, prevendo a inserção de propaganda pró-americana em veículos de comunicação
em países estrangeiros. No caso,
os artigos não devem revelar que
o governo dos EUA é a fonte da
informação e do pagamento. A
estratégia foi divulgada ontem pelo jornal "USA Today".
O objetivo seria conter a "ideologia terrorista", usando para isso
jornais, internet, rádio, televisão e
até mesmo camisetas e adesivos.
Os alvos são países considerados
aliados americanos onde não há
conflito armado.
Segundo Mike Furlong, vice-diretor da Junta de Operações Psicológicas do Pentágono, as reportagens serão verdadeiras.
(IURI DANTAS)
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