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EUA prometem encontro de Israel e palestinos; colônia é ampliada
Rice quer relançar o processo de paz e condena novas casas em terras árabes
DA REDAÇÃO
A secretária de Estado americana, Condoleezza Rice, afirmou ontem que o encontro
-do qual ela pretende participar "nas próximas semanas"-
entre o primeiro-ministro israelense, Ehud Olmert, e o presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas, tem como meta "o horizonte político que levará à criação de um Estado Palestino".
Suas declarações têm dois
objetivos imediatos. Procura
romper o imobilismo do processo de paz entre palestinos e
israelenses e demonstrar aos
países árabes do Oriente Médio
um interesse que o governo de
George W. Bush pretende ver
retribuído com o apoio a suas
iniciativas no Iraque.
Rice estava ontem em Luxor,
no Egito, onde foi recebida pelo
ditador Hosni Mubarak, depois
de três dias passados em Israel
e territórios palestinos. Ela seguiu para a Arábia Saudita.
Em Jerusalém, o premiê israelense disse que ele e Rice haviam concordado em participar
de uma reunião com Abbas
"dentro de pouco tempo".
Mas essa predisposição positiva murchou com o anúncio,
também ontem, do plano israelense de ampliar em 44 moradias o maior assentamento judaico na Cisjordânia, o de Maaleh Adumin, onde 30 mil ocupam terras árabes nas imediações de Jerusalém.
O plano de paz americano
proíbe de forma explícita, desde junho de 2003, a ampliação
de colônias em territórios ocupados. O porta-voz do Departamento de Estado, Sean McCormack, que acompanha Rice pelo Oriente Médio, disse não estar informado sobre a ampliação de Maaleh Adumin e reiterou que a posição americana
não havia mudado.
Em entrevista ao jornal palestino "Al-Quds", Rice reprovou a expansão de assentamentos e disse que conversaria com
as autoridades israelenses sobre "essas atividades proibidas" pelo plano americano.
O primeiro-ministro palestino, Ismail Haniyeh, também
dirigente do grupo islâmico
Hamas, acusou Condoleezza
Rice de "trazer uma visão perigosa" à região. A seu ver, ao acenar com negociações de paz, ela
está "sedando" os palestinos
com promessas de suspender
restrições de Israel, quando
-afirma o premiê- "ela está a
serviço dos israelenses".
Outro radical, desta vez em
Israel, o ministro Avigdor Lieberman, da ultradireita, afirmou que seria "inevitável" a
presença em Gaza de um contingente de 30 mil homens da
Otan, a aliança militar ocidental, para evitar o confronto com
os palestinos, quando Israel
tentasse patrulhar internamente aquele território, do
qual se retirou em 2005.
Com agências internacionais
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