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Obama defende controle limitado de porte de armas; republicanos se opõem
DA REPORTAGEM LOCAL
A chacina de anteontem num
campus de Illinois, quarto episódio em que jovens atiram
contra estudantes nos EUA em
apenas uma semana, reacende
em plena pré-campanha presidencial o debate sobre o porte
de armamentos no país, onde
há mais de 200 milhões de armas nas mãos de civis (não é
necessário possuir licença).
Nenhum dos pré-candidatos,
democratas ou republicanos, se
pronuncia abertamente contra
o direito ao porte. Esse direito
está inscrito na Constituição
americana, do final do século
18, mas alguns intérpretes defendem que ele se aplica apenas
a milícias, já que na época o país
acabara de se tornar independente do Reino Unido.
Ontem, o único que comentou a tragédia de DeKalb foi o
democrata Barack Obama, senador por Illinois e considerado o pré-candidato mais crítico
em relação à legislação sobre
porte de armas. Obama, que já
defendeu restrições à venda no
Estado, disse que é favor "do
que for preciso" para erradicar
a violência causada por armas,
mas deixou claro que, sob certas condições, apóia o porte.
Com discurso também impreciso, a senadora Hillary
Clinton costuma afirmar que
"as armas precisam ficar longe
de quem não deve possui-las".
Mesmo assim, Obama e Hillary são vistos com desconfiança pelos cerca de 300 fabricantes de armas e munições
nos EUA, que representam um
dos grupos mais influentes no
Congresso e apóiam o campo
republicano, no qual o direito
de ter armas é visto como uma
questão filosófica.
O ultranconservador Mike
Huckabee é o maior defensor
da Segunda Emenda da Constituição, que prevê um "Estado
no qual o direito dos cidadãos
de portarem armas não seja infringido". Rival de Huckabee,
nas prévias republicanas, John
McCain também é defensor do
porte de armas. "Meus amigos
portadores de armas, vocês não
são criminosos. Vocês são o coração da América moderna",
diz uma frase de McCain destacada no site da Associação Nacional do Rifle (NRA, na sigla
em inglês).
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