São Paulo, quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

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Itália tem medo de que Egito gere nova leva de imigrantes

Ministro cita "terremoto institucional" egípcio após o desembarque de tunisianos em ilha

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

O ministro italiano do Interior, Roberto Maroni, afirmou ontem que existe a possibilidade de que o "terremoto institucional" do Egito ocasione um novo -e enorme- fluxo de imigração para o litoral italiano, que nos últimos dias viveu transtornos com o desembarque de cerca de 5.200 imigrantes ilegais provenientes da Tunísia.
O fluxo de imigrantes à ilha italiana de Lampedusa parecia ter cessado desde o último domingo, mas um barco com 32 egípcios foi interceptado ontem no litoral siciliano. Maroni diz esperar que seja um "caso isolado".
As imigrações acontecem na esteira das revoltas populares que motivaram a queda dos ditadores Zine el Abidine Ben Ali, na Tunísia, e Hosni Mubarak, no Egito, e foram ocasionadas por cidadãos assustados com a fragilidade das instituições do governo.
Lampedusa, uma ilha com 6.000 habitantes, ainda abriga 2.000 imigrantes ilegais tunisianos que aguardam transferência para albergues na Itália. Eles marcharam ontem pela pequena ilha para agradecer aos italianos por sua hospitalidade.
Já foram detidos 26 marinheiros que transportavam clandestinos. Uma investigação da documentação dos imigrantes mostrou que alguns eram criminosos que fugiram das prisões tunisianas durante o caos da queda de Ben Ali.
A Itália prometeu doar 5 milhões (R$ 11,2 milhões) à Tunísia e abrir uma linha de crédito de 100 milhões (R$ 224,8 milhões) para que o país invista no combate ao fluxo de clandestinos.


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