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Presidente qualifica decisão de "irresponsabilidade política"
das agências internacionais
O presidente do Chile, Eduardo Frei, afirmou ontem na Alemanha que a decisão do ministro do Interior britânico, Jack Straw, foi uma "irresponsabilidade política".
O governo chileno afirmou ontem que responderá apenas com medidas jurídicas, e não políticas, à decisão de autorizar o prosseguimento do processo de extradição do general Augusto Pinochet para a Espanha, conforme solicitado pelo juiz espanhol Baltasar Garzón.
Frei, que está em visita oficial à Alemanha, reafirmou que o Chile deve ter soberania judicial no caso. "As autoridades britânicas e espanholas deveriam reconhecer o direito de a democracia chilena assumir ela mesma seu passado", afirmou Frei, em Berlim.
O governo chileno disse que vai analisar a decisão de Straw. As autoridades do país devem insistir na tese de que os tribunais do Chile são competentes para iniciar um eventual julgamento do general por violações cometidas durante seu regime.
Na capital chilena, Santiago, familiares de mortos e desaparecidos durante o governo Pinochet comemoraram a decisão do ministro Straw.
"Ganhamos uma batalha, mas a guerra pela verdade e justiça plenas em relação às violações dos direitos humanos ainda não terminou", afirmou Sola Sierra, líder da associação de parentes dos mortos durante a ditadura Pinochet.
A Fundação Pinochet, que reúne partidários do ex-general, afirmou que só lhe cabe "exigir que o governo do Chile denuncie com absoluta firmeza e clareza o atropelo de que está sendo vítima o país".
Dezenas de seguidores do ex-ditador participaram de protestos contra a decisão em frente às embaixadas britânica e espanhola em Santiago. A polícia deteve dois adolescentes, acusados de provocar desordem.
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