São Paulo, sexta-feira, 16 de maio de 2008

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Itália prende quase 400 em operação contra o crime e a imigração clandestina

DA REDAÇÃO

Quase 400 pessoas, a maioria delas estrangeiras, foram presas em uma semana de operação contra o crime e a imigração clandestina na Itália. O anúncio das detenções, feito ontem, coincidiu com o voto de confiança do Senado ao premiê Silvio Berlusconi, que iniciou oficialmente o novo governo.
"Respeitaremos integralmente o programa [de governo]", disse o premiê ao Senado. O combate ao crime e à imigração clandestina foram bandeiras centrais do conservador Berlusconi, eleito em abril com apoio da extrema-direita.
São estrangeiros 268 dos 383 detidos, a maioria do norte da África, e 53 foram expulsos sumariamente da Itália. Foram presos suspeitos de tráfico, roubo, revenda de objetos roubados, facilitação da imigração ilegal e supostos gigolôs. Nenhum dos que tiveram a nacionalidade divulgada é brasileiro.
Trinta e dois romenos foram detidos. Segundo a Itália, as investigações contaram com o apoio de Bucareste e não visavam cidadãos de nenhum país específico, apesar da crescente xenofobia contra os romenos, sobretudo os ciganos -discriminados também na Romênia.
Multidões furiosas incendiaram acampamentos de ciganos em Nápoles ao longo da semana, após rumores de que um bebê havia sido seqüestrado por uma menina cigana de 16 anos.
Sob o governo centro-esquerdista de Romano Prodi, o país já adotara, em novembro de 2007, um decreto facilitando a expulsão de estrangeiros. A medida não bastou para aplacar a fúria dos eleitores.


Com agências internacionais


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