Mehdi Fedouach/France Press

Parisienses protestam contra cortes dos empregos públicos

DA REDAÇÃO

Centenas de milhares de franceses participaram ontem das marchas convocadas pelo sindicato dos professores contra os cortes de empregos no setor público planejados pelo governo de Nicolas Sarkozy. Metade dos docentes do ensino primário e um em cada três do secundário pararam, na estimativa conservadora do Ministério da Educação Nacional.
As manifestações levaram às ruas entre 200 mil e 300 mil pessoas -segundo, respectivamente, a polícia e os sindicatos. Para reduzir o déficit público, Sarkozy propõe a substituição de apenas 2 em cada 3 funcionários que se aposentarem. Dos 22.900 empregos que devem ser cortados neste ano, 11.200 são do setor educacional.
Em Paris, pelo menos 18 mil -até 60 mil, dizem os organizadores- protestaram. Houve grandes marchas em Grenoble, Toulouse, Rennes e Marselha. Os sindicatos planejam para o dia 22 uma greve geral.
Falando aos franceses em rede nacional de TV, Sarkozy afirmou que seu governo vai propor um projeto de lei obrigando as escolas a acolherem as crianças mesmo durante as greves. "É preciso respeitar também o direito dos pais de trabalhar".