DE BUENOS AIRES

Em campanha eleitoral decisiva para seu futuro político, o governo Cristina Kirchner recebeu apoio do presidente venezuelano, Hugo Chávez, que esteve em Buenos Aires.
Chávez desejou sorte ao ex-presidente Néstor Kirchner (2003-2007), candidato a deputado federal e maior aposta do governo para um bom desempenho no pleito de junho, que renova metade dos deputados e um terço do Senado.
Com discurso alinhado ao do casal Kirchner, Chávez relembrou a crise socioeconômica argentina de 2001 e atribuiu a recuperação à gestão kirchnerista. "Dali saiu Néstor, um homem desconhecido, e logo você, presidenta."
O venezuelano descartou envolvimento na campanha. "É o povo argentino quem apoia ou não."
Para Chávez, a Venezuela está apta a comprar títulos da dívida argentina, embora não tenha recebido oferta nesse sentido. Cristina negou que o país esteja por emitir títulos.
Uma das poucas fontes de financiamento externo da Argentina, a Venezuela cobrou 15% de juros em sua última compra de papéis, no ano passado.
A operação foi alvo de críticas na Argentina, porque o governo Chávez vendeu os títulos na sequência, o que fez despencar os preços dos bônus.
Após a entrevista com Cristina, Chávez e o casal Kirchner viajaram para El Calafate, região turística em Santa Cruz (sul), Província natal de Néstor.

Aumento a servidor
Na semana que marcou a largada da campanha eleitoral argentina, o governo anunciou reajustes salariais de 15% para o funcionalismo público federal e professores universitários, que atingem cerca de 250 mil pessoas.
O governo descartou conotação eleitoral no reajuste, que ocorre em meio a passeatas por aumento de várias categorias.


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