São Paulo, sexta-feira, 16 de agosto de 2002

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PROTESTO

Policiais e bombeiros, festejados após o 11 de setembro, param o centro de Manhattan

Heróis de NY cobram aumento de salário

DE NOVA YORK

Se a lua-de-mel forjada no calor de 11 de setembro entre polícia, Corpo de Bombeiros e a Prefeitura de Nova York já havia acabado há alguns meses, ontem foi a vez de duas das partes entrarem com os papéis do divórcio. Num ato inédito desde o atentado, 10 mil policiais e bombeiros pararam a Times Square, em Manhattan, para pedir aumento de salário e a assinatura de um novo contrato coletivo.
Batizada de "passeata dos heróis", a manifestação paralisou o centro da ilha por duas horas. "Os orgulhosos departamentos de polícia e de bombeiros estão à beira da morte", disse Patrick Lynch, do sindicato. "Morte por um coração partido, que chorou em 11 de setembro."
Em trajes civis, soldados carregavam cartazes com dizeres como "eles dizem que nunca seremos esquecidos e nós respondemos que isso já aconteceu" e gritando slogans como "muita louvação, pouco aumento".
O salário inicial de um bombeiro hoje é de US$ 32.724 anuais, ou cerca de R$ 8.800 por mês, total que cai para US$ 31.305 no caso dos policiais (ou cerca de R$ 8.400 por mês), valor altíssimo para o Brasil, mas entre os mais baixos nas grandes cidades dos EUA.
Um dos sindicatos da categoria, que representa 24 mil dos 50 mil policiais da corporação, quer um aumento de 23% nos próximos dois anos, número já recusado pela prefeitura, que propõe 5%. O prefeito Michael Bloomberg cita como motivo o déficit previsto de US$ 5 bilhões no orçamento da cidade. (SD)


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