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OUTRO LADO
Ativista vê ação anti-Islã
da enviada especial
As organizações acusadas
de financiar grupos terroristas no Oriente Médio negam sua ligação com extremistas. Dizem dedicar-se
apenas a atividades beneficentes ou a pesquisas sobre
política e condições sociais
da região.
Em entrevista à Folha,
Ahmed bin Yousef, diretor
da Associação Unida para
Estudos e Pesquisas, falou
que "algumas pessoas'',
como Steven Emerson, que
insistem na existência de laços entre sua organização e
o Hamas, fazem parte de
"milhares (de pessoas)
que tentam estragar ou distorcer a imagem dos muçulmanos no mundo''.
''Fazemos pesquisa aqui
e publicamos uma revista
que analisa a situação política no Oriente Médio'',
afirmou Yousef. "Temos
8 milhões de muçulmanos
nos Estados Unidos interessados no tema.''
Yousef disse que o Hamas
tem aparecido com frequência em suas publicações "porque as pessoas
estão prestando mais atenção a esses novos movimentos agora''.
Em entrevista para o
"Middle East Affairs
Journal'', em maio último,
Yousef descreveu o Hamas
como uma entidade de caridade. Agora, prefere classificá-lo como "um movimento político-social,
que também se dedica à caridade''.
"Algumas pessoas querem classificar o Hamas como um grupo terrorista.
Mas, para a comunidade
muçulmana, é apenas um
lutador pela liberdade. Assim como a comunidade irlandesa não considera o
IRA (Exército Republicano
Irlandês, grupo extremista
católico) um grupo terrorista'', afirmou Ahmed bin
Yousef.
O fundador da Associação Unida para Estudos e
Pesquisas, Mousa Abu
Marzook, foi preso e deportado dos Estados Unidos. Na ocasião em que foi
detido, Marzook carregava
uma agenda com o telefone
de diversos extremistas de
origem muçulmana. Yousef diz que Marzook era somente um homem de negócios.(AB)
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