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Oposição diz que
proposta é uma
"provocação"
DA REDAÇÃO
Líderes da oposição ao
presidente venezuelano,
Hugo Chávez, classificaram
ontem de "provocação" a
proposta de emenda constitucional que prevê a possibilidade de reeleições presidenciais ilimitadas no país.
O deputado Pastor Heydra, do Copei (partido democrata-cristão), disse que a
iniciativa tem o objetivo de
complicar ainda mais o ambiente político no país e criar
temas de debate "exagerado" no início das sessões legislativas, previsto para hoje.
"É uma provocação. É
uma tentativa de burlar uma
oposição fora de foco", disse
Heydra, segundo o jornal venezuelano "El Universal".
Ratificado no poder por
um plebiscito em agosto,
Chávez terminará seu mandato em janeiro de 2007. Ontem, a Coordenação Democrática, coalizão da oposição
que denunciou fraude na votação, entrou com um pedido no Supremo Tribunal de
Justiça pela sua anulação.
"O que ratifica essa proposta [da reeleição] são as
pretensões autoritárias e autocráticas de Chávez", criticou o deputado social-democrata Alfonso Marquina.
Já o deputado socialista
Luis Longart considerou a
proposta "inoportuna" devido à "acentuada polarização e situação de conflito político que vive o país".
Para a ex-presidente da extinta Suprema Corte de Justiça, Cecilia Sosa, a proposta
pretende "dar à oposição temas de que falar". "Uma interpretação é que seu objetivo seja a busca de enfrentamento, mas outra é que tentem consagrar o totalitarismo do regime com essa reforma", afirmou.
Com agências internacionais
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