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REINO UNIDO
Manifestantes protestam contra proibição à caça ao animal com cachorros, aprovada ontem
Caça à raposa causa invasão de Parlamento
DA REDAÇÃO
Cinco defensores da caça à raposa invadiram ontem o Parlamento britânico para interromper uma votação que acabou
aprovando uma lei que, na prática, inviabiliza a caça à raposa.
Foi a segunda falha grave da segurança do Reino Unido em
menos de uma semana.
Na segunda, um homem vestido de Batman enganou os guardas reais e subiu até uma sacada
do Palácio de Buckingham, onde vive a rainha, para fazer um
manifesto a favor dos direitos
dos pais divorciados.
Vestidos com camisetas brancas estampadas com a imagem
do premiê Tony Blair e de sua
mulher, Cherie, eles entraram
por uma porta lateral da Câmara dos Comuns e começaram a
gritar diante do ministro britânico que estava conduzindo o
debate sobre a proibição. Blair
não estava presente no momento da invasão.
"Isso não é uma democracia",
gritou um dos cinco invasores,
antes de ser removido junto
com os demais pelos guardas do
Parlamento, vestidos com as cerimoniais roupas pretas.
A lei, que proíbe o uso de cães
na caça à raposa, foi aprovada
por 339 votos contra 155. Os defensores da caça afirmam que se
trata de um esporte e que o impedimento do uso de cães o descaracteriza. Já os que querem a
proibição dizem que a caça é
violenta. Além dos invasores,
cerca de 10 mil pessoas estavam
do lado de fora para defender ou
atacar a caça à raposa.
A segurança do Parlamento
aparentemente estava reforçada, e a polícia usou gás lacrimogêneo para dispersar os manifestantes, que eram impedidos
de se aproximar da entrada.
Apesar disso, a invasão de ontem e a de segunda-feira reacenderam o debate sobre a necessidade de reforçar a segurança de
homens públicos -Blair já havia sido vítima de ataque não-violento em maio por parte dos
defensores dos pais divorciados.
O público não enfrenta resistência para entrar em locais públicos, e a polícia anda desarmada -mesmo com as constantes
ameaças de terrorismo.
Com agências internacionais
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