São Paulo, quinta-feira, 16 de setembro de 2004

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

REINO UNIDO

Manifestantes protestam contra proibição à caça ao animal com cachorros, aprovada ontem

Caça à raposa causa invasão de Parlamento

DA REDAÇÃO

Cinco defensores da caça à raposa invadiram ontem o Parlamento britânico para interromper uma votação que acabou aprovando uma lei que, na prática, inviabiliza a caça à raposa. Foi a segunda falha grave da segurança do Reino Unido em menos de uma semana.
Na segunda, um homem vestido de Batman enganou os guardas reais e subiu até uma sacada do Palácio de Buckingham, onde vive a rainha, para fazer um manifesto a favor dos direitos dos pais divorciados.
Vestidos com camisetas brancas estampadas com a imagem do premiê Tony Blair e de sua mulher, Cherie, eles entraram por uma porta lateral da Câmara dos Comuns e começaram a gritar diante do ministro britânico que estava conduzindo o debate sobre a proibição. Blair não estava presente no momento da invasão.
"Isso não é uma democracia", gritou um dos cinco invasores, antes de ser removido junto com os demais pelos guardas do Parlamento, vestidos com as cerimoniais roupas pretas.
A lei, que proíbe o uso de cães na caça à raposa, foi aprovada por 339 votos contra 155. Os defensores da caça afirmam que se trata de um esporte e que o impedimento do uso de cães o descaracteriza. Já os que querem a proibição dizem que a caça é violenta. Além dos invasores, cerca de 10 mil pessoas estavam do lado de fora para defender ou atacar a caça à raposa.
A segurança do Parlamento aparentemente estava reforçada, e a polícia usou gás lacrimogêneo para dispersar os manifestantes, que eram impedidos de se aproximar da entrada.
Apesar disso, a invasão de ontem e a de segunda-feira reacenderam o debate sobre a necessidade de reforçar a segurança de homens públicos -Blair já havia sido vítima de ataque não-violento em maio por parte dos defensores dos pais divorciados.
O público não enfrenta resistência para entrar em locais públicos, e a polícia anda desarmada -mesmo com as constantes ameaças de terrorismo.


Com agências internacionais


Texto Anterior: Hu privilegiará questões sociais, afirma analista
Próximo Texto: Direitos humanos: EUA criticam sauditas por repressão religiosa
Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.