São Paulo, Sábado, 16 de Outubro de 1999
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BRASIL
No Brasil desde 91, entidade iniciou trabalho na Amazônia
Organização trabalha com 22 comunidades carentes no Rio

Patrícia Santos/Folha Imagem
Integrantes da organização Médicos sem Fronteiras na favela dos Portos, no Rio de Janeiro


LETÍCIA KFURI
da Sucursal do Rio

A organização Médicos sem Fronteiras existe no Brasil desde 1991, quando iniciou programas de saúde e capacitação profissional na área em seis tribos indígenas da Amazônia.
"O Nobel para nós é mais do que um reconhecimento público do nosso trabalho. É um reconhecimento da nossa causa", disse Elaine Monteiro, coordenadora social da organização no Rio de Janeiro.
No Estado, são 22 as comunidades atendidas atualmente pela organização, em cinco projetos diferentes, todos na capital.
O grupo trabalha com projetos de assentamento de famílias desabrigadas por enchentes e de populações de rua, formação de grupos de médicos voluntários, prevenção contra a Aids e outras doenças sexualmente transmissíveis e formação de grupos de gestores comunitários.
Segundo Monteiro, a principal preocupação no Rio é com a violência. "Não há uma guerra declarada como em outros países, mas há a violência urbana."
A filosofia do MSF, segundo ela, é desenvolver um trabalho "com início, meio e fim. Consideramos nociva a atuação de algumas organizações não-governamentais que se perpetuam nas comunidades. Quando iniciamos um trabalho, programamos nossa saída e a entrada do poder público".
Entre os trabalhos desenvolvidos pela organização no Rio está o realizado na favela dos Portos, em Costa Barros (zona norte), onde a organização ajuda no assentamento de famílias carentes e na construção de casas.
Também instalou um posto de saúde na favela de Vigário Geral (zona norte), após a chacina ocorrida em 1993. O grupo permaneceu lá até 1997, quando o posto foi municipalizado.


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