CARLOS EDUARDO LINS DA SILVA
da Sucursal de Brasília

O promotor independente Kenneth Starr, que durante cinco anos, dois meses e 11 dias investigou dezenas de acusações contra o presidente dos EUA, Bill Clinton, está deixando o seu cargo neste fim-de-semana.
Seu substituto será Robert Ray, que tem trabalhado com Starr desde o início deste ano.
Starr, 52, foi apontado por uma corte federal em agosto de 1994 para liderar a apuração das denúncias de que Clinton havia cometido crimes eleitorais e tributários na década de 70.
Ao longo do tempo, seu poder foi se ampliando. O promotor passou a investigar também a morte de Vincent Foster, amigo e assessor íntimo do presidente e ex-sócio da primeira-dama Hillary Clinton.
Depois, seu mandato passou a abranger outros casos em que pesavam suspeitas contra o casal Clinton: do desaparecimento de documentos à utilização de pastas da polícia federal para fins políticos; de corrupção no escritório de turismo da Casa Branca ao possível falso testemunho do presidente em um processo movido contra ele por assédio sexual.
No final, Starr não conseguiu indiciar nem Clinton nem Hillary. Mas listou 11 alegados crimes que poderiam ter levado ao impeachment dele. O processo de impeachment passou pela Câmara, mas o Senado o barrou.
Starr obteve a condenação de assessores dele e ex-sócios dela. O mais graúdo foi Webster Hubbell, ex-subsecretário da Justiça.
Ray, 40, ainda pode tentar indiciar Clinton durante os meses que lhe restam como presidente.


Texto Anterior: Brasileira atua em missão na Tailândia
Próximo Texto: Tratado nuclear: Republicanos defendem não-adesão
Índice