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Fim de prisão esbarra em questões legais
DA REDAÇÃO
O presidente dos EUA,
Barack Obama, anunciou
sua intenção de fechar em
um ano a prisão de Guantánamo, em Cuba, no primeiro dia após sua posse,
em janeiro. Dez meses depois, em 18 de novembro
último, ele admitiu oficialmente que não conseguirá
cumprir a promessa.
O fim do centro de detenção, aberto em 2002
para abrigar prisioneiros
da "guerra ao terror" de
George W. Bush (2001-2009), esbarrou em uma
série de problemas legais e
na falta de apoio decisivo
dentro e fora de casa.
O principal problema se
refere ao destino dos cerca
de 210 presos do centro.
O plano da Casa Branca
começava por julgar na
Justiça comum presos
acusados por crimes comuns, e em cortes militares reformuladas os acusados de crimes de guerra.
Mas, além das reclamações de grupos de direitos
humanos em relação às
cortes militares -que
Obama inicialmente pensou em extinguir, depois
voltou atrás-, há forte resistência a julgamentos
em solo americano.
Os detentos que não
têm elos comprovados
com atos de terrorismo
poderiam ser soltos. Aí, o
temor é reincidência ou libertações prematuras.
Com relação aos presos
que correm risco de perseguição em seus países, a
ideia é transferi-los para
terceiros. Há alguns poucos dispostos a recebê-los,
mas europeus, por exemplo, temem o livre trânsito
de suspeitos no bloco.
Por fim, os detentos
considerados perigosos
demais, mas que não podem ser julgados -por
problemas com, por exemplo, a obtenção de provas
sob tortura-, continuarão
presos por tempo indeterminado, sem julgamento.
Mas moradores de localidades para onde os presos poderiam ser transferidos e opositores vinham
se manifestado contra as
sugestões do governo.
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