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Ataque no Paquistão mata ao menos 33
Atentado ocorreu em um mercado; no vizinho Afeganistão, outra explosão deixou 8 mortos e 40 feridos
DA REDAÇÃO
Palcos de ações internacionais contra o Taleban, os vizinhos Paquistão e Afeganistão
viveram dia violento ontem,
quando mais de 40 pessoas
morreram em explosões terroristas em duas cidades.
O maior ataque ocorreu no
Paquistão, em um mercado da
cidade de Dera Ghazi Khan, onde um carro-bomba matou ao
menos 33 pessoas perto da casa
de um parlamentar local, que
não foi atingido. Cerca de 60
outras pessoas ficaram feridas
com o colapso do mercado e a
destruição de vários prédios.
O atentado foi perpetrado
horas antes da chegada à capital paquistanesa, Islamabad, do
almirante Mike Mullen, chefe
do Estado-Maior dos EUA.
Dera Ghazi Khan fica próxima da região onde o Exército
paquistanês, sob pressão americana, lançou forte ofensiva
contra o Taleban. O governo
afirma que a operação está sendo bem-sucedida, mas o temor
é o de que os extremistas estejam apenas fugindo para cidades da região e sigam por lá provocando atentados. Desde o
início da ofensiva, em outubro,
mais de 500 pessoas morreram
em ataques retaliatórios.
Afeganistão
No Afeganistão, um carro-bomba explodiu perto da casa
de um ex-vice-presidente do
país e de um hotel popular entre estrangeiros em Cabul, matando ao menos oito pessoas e
deixando cerca de 40 feridos.
A explosão expôs os riscos do
distrito de Wazir Akbar Khan,
até então considerado seguro, e
no qual várias ONGs internacionais mantêm postos.
O momento do ataque coincidiu com o início de uma conferência de três dias sobre a
corrupção no Afeganistão, um
esforço destinado a mostrar
aos EUA e às potências aliadas
do presidente Hamid Karzai
que ele está decidido a lutar
contra o problema.
Karzai condenou o atentado,
que classificou de "ataque contra a humanidade e o islã".
Na conferência, porém, ele se
arriscou a incomodar os aliados. Defendeu em discurso o
mais graduado dos membros
de seu governo já condenados
por corrupção: o prefeito de
Cabul, Abdul Ahad Sayebi.
Karzai foi reeleito em novembro após uma votação fraudulenta. Ele próprio é acusado
de fazer vista grossa à corrupção desenfreada no país.
Sayebi foi condenado na última semana a quatro anos de
prisão. "Eu conheço o prefeito", disse Karzai ontem. "Ele é
limpo." Segundo o presidente,
Sayebi foi vítima de inimigos
após se recusar a entregar terras federais a eles.
Com agências internacionais
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