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Governo quer elevar segurança em torno de líderes italianos
Após agressão a Berlusconi, ministro do Interior pede fechamento de sites que "incitem a violência"
DA REDAÇÃO
O governo italiano planeja
novas medidas para reforçar a
segurança de seus líderes políticos, após a agressão, no último domingo, ao premiê Silvio
Berlusconi, 73, que só receberia
alta hospitalar hoje, para se recuperar de um nariz fraturado
e dois dentes quebrados.
Por temor de uma "espiral de
ataques", o ministro Roberto
Maroni (Interior) disse que o
governo estuda fechar sites e
grupos de discussão na internet
que incitem a violência e criar
novas regras para aglomerações em espaços públicos.
Sites como o Facebook evidenciaram a polarização da Itália em torno do episódio, à medida que proliferaram comunidades on-line em defesa e em
repúdio à agressão. A polarização reflete o momento político
de Berlusconi, envolvido em
escândalos sexuais e réu em
dois processos judiciais.
Uma comissão parlamentar
disse ontem que, segundo avaliação do serviço secreto italiano, "a proteção [de Berlusconi]
deverá ser muito alta", por conta dos "muitos pontos de tensão abertos na Itália".
Por outro lado, o episódio desencadeou uma onda de apoio a
Berlusconi e deve lhe render dividendos políticos. Ontem, em
comunicado, ele disse que "o
amor sempre vence o ódio".
Já o agressor Massimo Tartaglia disse, em carta a Berlusconi
mandada da cadeia, estar "arrependido por um ato covarde".
Tartaglia foi acusado por Maroni e uma testemunha de ter planejado o ataque com ajuda de
uma segunda pessoa. Ele nega.
Com agências internacionais
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