São Paulo, quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

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Governo quer elevar segurança em torno de líderes italianos

Após agressão a Berlusconi, ministro do Interior pede fechamento de sites que "incitem a violência"

DA REDAÇÃO

O governo italiano planeja novas medidas para reforçar a segurança de seus líderes políticos, após a agressão, no último domingo, ao premiê Silvio Berlusconi, 73, que só receberia alta hospitalar hoje, para se recuperar de um nariz fraturado e dois dentes quebrados.
Por temor de uma "espiral de ataques", o ministro Roberto Maroni (Interior) disse que o governo estuda fechar sites e grupos de discussão na internet que incitem a violência e criar novas regras para aglomerações em espaços públicos.
Sites como o Facebook evidenciaram a polarização da Itália em torno do episódio, à medida que proliferaram comunidades on-line em defesa e em repúdio à agressão. A polarização reflete o momento político de Berlusconi, envolvido em escândalos sexuais e réu em dois processos judiciais.
Uma comissão parlamentar disse ontem que, segundo avaliação do serviço secreto italiano, "a proteção [de Berlusconi] deverá ser muito alta", por conta dos "muitos pontos de tensão abertos na Itália".
Por outro lado, o episódio desencadeou uma onda de apoio a Berlusconi e deve lhe render dividendos políticos. Ontem, em comunicado, ele disse que "o amor sempre vence o ódio".
Já o agressor Massimo Tartaglia disse, em carta a Berlusconi mandada da cadeia, estar "arrependido por um ato covarde". Tartaglia foi acusado por Maroni e uma testemunha de ter planejado o ataque com ajuda de uma segunda pessoa. Ele nega.

Com agências internacionais



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