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GUERRA SEM LIMITES
Washington não convence europeus, cujas alegações foram chamadas de "filosóficas" por enviado americano
UE diz não aos EUA sobre polícia em avião
DA REDAÇÃO
Os EUA fracassaram ontem em
sua tentativa de convencer países
europeus a colocar policiais armados em vôos internacionais
como forma de elevar a segurança
contra ataques terroristas.
"Alguns se opõem firmemente,
enquanto outros podem examinar casos específicos. Mas eles
sentem que não seja a única solução e que certamente não se trate
de uma solução miraculosa", afirmou o porta-voz para transportes
da Comissão Européia, Gilles
Gantelet, após reunião em Bruxelas (Bélgica) de autoridades aeronáuticas européias e funcionários
do governo americano.
Finlândia, Dinamarca, Suécia e
Portugal são radicalmente contra
a proposta. A maioria dos países
do continente está indecisa, e apenas França e Reino Unido concordam com a medida em alguns casos. Associações de pilotos de várias nações, incluindo Reino Unido e Espanha, manifestaram
grandes restrições à intenção
americana. Os EUA já estão colocando regularmente milhares de
policiais armados disfarçados como passageiros em vôos de empresas do país.
Asa Hutchinson, subsecretário
da Segurança Interna dos Estados
Unidos, disse que as preocupações européias eram "filosóficas"
e que o mundo enfrenta novos desafios na segurança aérea.
Segundo o subsecretário, os
EUA vão continuar se empenhando pelo apoio à medida e buscarão com "urgência" assinar acordos bilaterais com países europeus e também da América do
Sul, da Ásia e do Oriente Médio.
Hutchinson afirmou que não
existe uma "política irredutível"
para impedir a entrada em território americano das companhias
que se opuserem à vigilância armada. "Se um país desenvolver
um sistema amplo, que ofereça
um alto nível de confiança, então
é algo para ser considerado como
medida alternativa." No entanto
Hutchinson deixou claro que os
EUA pretendem ter a palavra final
sobre quais companhias seriam
autorizadas a voar.
Paralelamente, a Comissão Européia criou uma lista de artigos
que não poderão ser transportados por passageiros em vôos nos
15 países da organização. A relação, com dezenas de itens, inclui
armas de fogo, machetes, explosivos e até patins de gelo.
No final de dezembro e começo
deste mês, mais de uma dúzia de
vôos da Air France, British Airways e Aeroméxico para os EUA
foi cancelada em razão de suspeitas de atentados.
Com agências internacionais
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