São Paulo, quinta-feira, 17 de maio de 2007

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Harvard faz reforma em seu currículo para superar "paroquialismo" dos EUA

DA REDAÇÃO

A Universidade Harvard, nos Estados Unidos, uma das instituições de ensino mais prestigiosas do mundo, aprovou a maior reforma em seu currículo em três décadas, enfatizando estudos sobre questões sensíveis ligadas a diferentes religiões e culturas, com o objetivo de superar o "paroquialismo" norte-americano.
Depois de três anos de debates, a mudança no currículo foi um contra-ataque às críticas de que a instituição preocupava-se apenas com assuntos acadêmicos, deixando de lado problemas da vida real. Segundo Harvard, uma das novas áreas, "sociedades do mundo", visa ajudar os estudantes a superar o "paroquialismo" dos EUA, ao confrontá-los com "valores, costumes e instituições que diferem" dos norte-americanos.
O estudo de "culturas e crenças religiosas", por exemplo, será um requisito para alunos de todas as áreas. Segundo a universidade, o curso "introduzirá os alunos a idéias em um contexto das condições sociais, políticas, econômicas e culturais". O novo currículo também prevê um curso para o desenvolvimento do espírito crítico dos alunos e o estudo de questões éticas, como as pesquisas com células-tronco.

Admissão mais difícil
Segundo o jornal "New York Times", está cada vez mais difícil entrar nas universidades de elite dos EUA, como Harvard e Yale, o que torna mais competitiva a seleção para as instituições de "segundo escalão".
"É mais difícil entrar na universidade de Bowdoin hoje do que era entrar em Princeton [em 1970]", diz William Shain, que selecionava os estudantes de Princeton e hoje faz o mesmo na Bowdoin (Maine).
Instituições como ela têm se beneficiado do excesso de candidatos, enquanto as mais prestigiosas rejeitam quase nove entre dez pedidos. Segundo o jornal, a preocupação em entrar nas melhores faculdades, antes restrita ao nordeste do país, virou obsessão nacional.


Com agências internacionais


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