São Paulo, terça-feira, 17 de junho de 2008

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SUCESSÃO NOS EUA / APOIO DE PESO

Gore anuncia apoio e diz que fará tudo para eleger Obama

Mesmo afastado dos Clinton, ele esperou desistência de Hillary para dar endosso

Ex-vice-presidente é um dos democratas mais populares e começou a ter seu nome ventilado como possível colega de chapa do senador


DA REDAÇÃO

Al Gore, vice-presidente dos EUA no governo de Bill Clinton (1993-2001), anunciou ontem formalmente seu apoio ao candidato democrata à sucessão de George W. Bush, Barack Obama, afirmando que fará "tudo o que puder para ajudá-lo" a vencer a eleição deste ano.
Gore, um dos democratas mais populares do país, foi a um comício em Detroit (Michigan) ontem para fazer sua estréia no palco da campanha de 2008 ao lado de Obama. Ali, seu discurso foi metade de elogios a Obama e metade de críticas ao presidente George W. Bush.
Ele afirmou que Bush, que o derrotou na eleição presidencial de 2000, "desonrou e desrespeitou a Constituição" e cometeu "os piores erros em política externa" da história do país. "[Obama poderá] liderar os EUA depois de oito anos de incompetência, negligência e fracasso", completou.
O endosso foi visto como preparado para facilitar a união do partido, dividido após a feroz temporada de primárias. Apesar de sabidamente afastado de Bill e Hillary Clinton, Gore esperou a ex-primeira-dama desistir da candidatura à Casa Branca para anunciar o apoio.
"Barack Obama criou um movimento. Ele sabe que a mudança não vem do número 1.600 da Avenida Pensilvânia [endereço da Casa Branca] ou do Capitólio", escreveu Gore em e-mail a simpatizantes ontem. "Ela começa quando as pessoas se levantam para agir."
O ex-vice-presidente também pediu doações para ajudar a financiar a campanha de Obama. "Obviamente seu apoio significa muito", disse o candidato ontem. "Gore é um visionário, não apenas para o partido, mas para este país."
De acordo com o jornal "Washington Post", alguns democratas discutem atualmente se Obama deveria convidar Gore para seu candidato a vice.
As discussões sobre a busca por um companheiro na cédula foram revigoradas ontem ainda por outro novo apoio -o de Patti Solis Doyle, ex-diretora de campanha de Hillary, que se uniu à equipe de Obama para auxiliar o trabalho do futuro candidato a vice do senador.
Doyle foi desligada da campanha de Hillary em fevereiro após várias derrotas em primárias. Desde então, mal fala com a senadora, segundo o "Post".
Para Susie Tompkins Buell, proeminente apoiadora da ex-primeira-dama, a escolha "sinaliza que Hillary não está sendo considerada para a chapa."


Com agências internacionais


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