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McCain exalta Luther King em fala aos negros
DE NOVA YORK
Elogiando a "campanha
histórica" do rival Barack
Obama e evocando o líder civil negro Martin Luther King
Jr. (1929-1968), o candidato
republicano John McCain
discursou ontem na Associação Nacional para o Avanço
das Pessoas de Cor (NAACP,
na sigla em inglês).
O candidato, que tem 57%
de rejeição entre eleitores
negros (contra 28% entre os
brancos), segundo a pesquisa
do jornal "New York Times"
e da rede de TV CBS, disse
que King "amou e honrou
nosso país mesmo quando o
sentimento não era correspondido". McCain repetiu
que se arrepende de ter votado contra a criação do feriado que homenageia o líder,
assassinado há 40 anos.
O discurso foi pautado por
questões sociais, como educação e saúde, pontos mais
priorizados entre os eleitores negros do que na média
geral -e normalmente mais
fracos em plataformas republicanas, baseadas no paradigma de um Estado magro,
que cobre menos impostos e
invista menos em serviços.
Defendeu, por exemplo, recompensas para professores
da rede pública que se destacam em seu trabalho.
O democrata Barack Obama tem conseguido manter a
discussão de raça em segundo plano na campanha, mas
já comentou o tema, inclusive na mesma NAACP, na última segunda.
Mas seu discurso mais emblemático, na Filadélfia, foi
em março, quando falou sobre os comentaristas que o
definiram como "negro demais ou de menos". "Vimos a
tensão racial borbulhar à superfície na semana da primária da Carolina do Sul. A imprensa vem vasculhando todas as pesquisas em busca
dos mais recentes indícios de
polarização racial", afirmou.
O discurso foi feito após a
divulgação de vídeos no qual
Jeremiah Wright, seu pastor
por muitos anos, fazia sermões com comentários tidos
como racistas contra os
brancos. Semanas depois,
Obama deixaria sua igreja.
(DB)
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