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EUA reagem com ceticismo a oferta
DA REDAÇÃO
Os EUA reagiram ceticamente à
oferta do Iraque de permitir a volta de inspetores de armas da ONU
incondicionalmente, dizendo que
ainda querem uma resolução do
Conselho de Segurança exigindo
o desarmamento do país.
O porta-voz da Casa Branca,
Scott McClellan, afirmou que
"uma nova e efetiva resolução do
Conselho de Segurança que realmente lide com a ameaça que
Saddam Hussein impõe" ainda
era necessária. "Essa é uma medida tática do Iraque na esperança
de evitar ações fortes do Conselho
de Segurança. Como tal, é uma tática que vai fracassar", disse.
"Já tornamos muito claro que
não negociamos com Saddam
Hussein", afirmou o diretor de
comunicações da Casa Branca,
Dan Bartlett. "Estamos trabalhando com o Conselho de Segurança
para definir a forma mais eficaz
de atingir nosso objetivo."
Bartlett classificou a oferta do
Iraque como uma tática cujo objetivo é "dar falsas esperanças à
comunidade internacional de que
ele [Saddam" está falando sério.
Infelizmente, mais de dez anos de
experiência com ele mostram que
você pode confiar muito pouco
em suas palavras ou atos".
O Reino Unido recebeu o anúncio com cautela. Um porta-voz do
governo disse que "o regime de
Saddam Hussein possui antecedentes de praticar jogos".
A Rússia, país que vinha exigindo a Bagdá que readmitisse os inspetores, adotou um tom quase comemorativo. "Graças a nossos esforços comuns, conseguimos evitar a ameaça de uma guerra e voltar aos meios políticos para resolver o problema iraquiano", disse
o chanceler Igor Ivanov. "O mais
importante é que os inspetores retomem o seu trabalho."
Custos da guerra
O secretário do Tesouro dos
EUA, Paul O"Neill, disse ontem
que o país pode pagar os custos de
qualquer ação contra o Iraque,
após um alto assessor do governo
ter dito que o custo de uma ação
para derrubar Saddam poderia
chegar a US$ 200 bilhões. "Qualquer que seja a decisão [do presidente George W. Bush", teremos
sucesso e condições de custear."
Em entrevista ao "The Wall
Street Journal", Lawrence Lindsey, chefe do Conselho Nacional
de Economia da Casa Branca, disse que o custo de uma guerra seria
de até 2% do PIB dos EUA, hoje
de cerca de US$ 10 trilhões anuais.
Segundo funcionários do governo, as estimativas de Lindsey são
"prematuras". O valor, US$ 100
bilhões a US$ 200 bilhões, é bem
maior que a estimativa de US$ 50
bilhões que circula no Pentágono.
Na Guerra do Golfo (1991), foram gastos US$ 58 bilhões, pagos
por países do golfo e pelo Japão.
Com agências internacionais
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