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Leite adulterado mata três bebês
e deixa 1.327 internados na China
Um quinto do leite do país continha substância usada na produção de plástico
RAUL JUSTE LORES
DE PEQUIM
Uma investigação de urgência determinada pelo governo
chinês apurou que mais de um
quinto do leite em pó fabricado
na China utiliza substância química nociva ao corpo humano.
Pelo menos 6.244 bebês
adoeceram e 1.327 estão internados com problemas renais,
depois de tomarem leite em pó
que contém melamina, usada
na produção de plásticos. Três
bebês morreram, e 58 estão em
estado grave.
A estatal Sanlu diz que recolheu 10 mil toneladas de leite
em pó em agosto e anunciou
um recall de 700 toneladas na
quinta-feira passada. Mas a
empresa neozelandesa Fonterra, que detém 40% da Sanlu,
acusa a fábrica chinesa de acobertar o escândalo.
A Sanlu descobriu que o leite
estava contaminado em 6 de
agosto, dois dias antes do início
da Olimpíada de Pequim e levou um mês para tornar pública a descoberta. A presidente
da empresa foi demitida.
Outra fábrica, a Yili, que foi a
fornecedora de leite dos Jogos
Olímpicos, também foi acusada
no teste de usar a substância.
A melamina é rica em nitrogênio, usado na medição de
proteína. Acredita-se que o leite recebe muita água para aumentar o volume, e depois a
melamina é adicionada para
disfarçar o baixo valor protéico.
O produto contaminado só
foi comercializado na China e
em Taiwan, não sendo vendido
para o mercado externo. Até
agora, foram presas 19 pessoas
suspeitas de participar no esquema de adulteração.
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