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ÁSIA
EUA fizeram alerta de ataque dias antes de explosão em Bali
Pressionada, Indonésia promete leis mais severas contra terror
DA REDAÇÃO
Criticada pelo Ocidente e por
seus próprios vizinhos por não
tomar atitudes mais enérgicas para combater o terrorismo, a Indonésia passou à ofensiva. Anunciou ontem a formação de uma
equipe internacional para investigar o atentado em Bali, no sábado,
e a adoção de novas leis antiterrorismo.
Cerca de 45 investigadores vindos dos EUA, do Reino Unido, da
França, da Suécia e da Alemanha
se juntarão à polícia indonésia.
Apenas uma semana antes do
ataque a Bali, o embaixador dos
EUA na Indonésia, Ralph Boyce,
havia entregado um alerta às autoridades indonésias de que áreas
turísticas no país poderiam ser alvo de atentados de terroristas ligados à Al Qaeda.
O chanceler indonésio, Hassan
Wiryuda, afirmou que as leis antiterror em tramitação no Parlamento há meses podem ser adotadas por decreto presidencial.
Uma dessas medidas seria reconhecer como terroristas os grupos hoje classificados no país como extremistas.
O atentado de Bali atingiu uma
discoteca muito frequentada por
turistas e deixou mais de 180 mortos e cerca de 300 feridos. A lista
oficial de mortos identificou até
agora 11 australianos, 9 indonésios, 9 britânicos, 5 cingapurianos, 1 americano, 1 francês, 1 alemão, 1 holandês, 1 equatoriano, 1
neozelandês e 1 sul-coreano.
O restante dos corpos está carbonizado demais para a identificação visual. Os dois brasileiros
que estão na lista de desaparecidos não haviam sido encontrados
até a noite de ontem.
As autoridades indonésias disseram estar interrogando um
guarda de segurança e o irmão de
um homem cuja identidade foi
achada no local da explosão.
O ministro da Segurança da Indonésia, Susilo Bambang Yudhyono, disse que Jacarta está fazendo sua parte e tomando medidas.
O ministro, entretanto, negou que
o grupo Jemaah Islamiyah -acusado pela Austrália de ter ligações
com a Al Qaeda e de ser responsável pelo atentado- exista no país.
O clérigo muçulmano Abu Bakar Bashir, apontado como o líder
do Jemaah Islamiyah, afirmou
que as acusações contra ele são
"invenções dos infiéis" e que "não
há ligações da Al Qaeda com o
atentado". Bashir chanceler australiano, Alexander Downer, que
apresente logo as provas que tiver
de seu envolvimento.
Downer disse porém que ainda
não há "provas cabais de quem
seja responsável [pelo atentado]".
Seu país ofereceu cerca de US$ 1
milhão para quem der informações que levem aos terroristas.
Iêmen
O governo do Iêmen admitiu
ontem que a explosão no petroleiro francês Limburg, no dia 6 de
outubro, foi mesmo resultante de
um atentado.
Segundo o ministro do Interior
iemenita, Rashad al Alimi, "as investigações levam a crer que a explosão foi um ato premeditado
com uma embarcação carregada
de explosivos".
A Malásia prendeu cinco suspeitos de pertencer ao Jemmah Islamiyah. "Acreditamos que os
presos estavam envolvidos -ou
se envolveriam- em ações para
atingir a paz e a segurança do
país", disse o chefe da polícia malasiana, Norian Mai. Com os presos de ontem, já passam de 70 os
detidos com base na Lei de Segurança Interna da Malásia, que
permite a detenção de suspeitos
sem mandado e sem acusação.
No Paquistão, quatro bombas
de pequeno porte explodiram em
intervalos de poucos minutos na
cidade de Karachi, principal porto do Paquistão. Ao menos nove
pessoas ficaram feridas nos atentado, mas não houve vítimas fatais. Os alvos das bombas foram
uma delegacia de polícia e prédios
de órgãos do governo.
Com agências internacionais
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