São Paulo, sábado, 17 de outubro de 2009

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Países da Alba decidem impor sanções comerciais a golpistas

DA REDAÇÃO

Os países da chavista Alba, a Aliança Boliviana para as Américas, decidiram ontem aplicar "sanções econômicas e comerciais" contra o governo golpista de Honduras. A resolução foi aprovada durante reunião presidencial na Bolívia.
Honduras faz parte do bloco. O país do deposto Manuel Zelaya aderiu à Alba em 2008, num movimento de aproximação com Hugo Chávez que está na origem da crise política hondurenha e no golpe. Ontem Chávez disse que o bloco tem "obrigação" de reverter o golpe.
A resolução aprovada ontem, porém, deixa brecha para que países do bloco não apliquem sanções. Diz que as medidas serão tomadas por "parte dos países-membros." Também pede o envio de uma missão da ONU para proteger a embaixada brasileira que abriga Zelaya em Tegucigalpa. Além de Venezuela e Honduras, são também da Alba Bolívia, Cuba, Equador, Dominica, Antígua e Barbuda e São Vicente e Granadinas.
De todo modo, é difícil que a nova pressão tenha poder decisivo sobre os golpistas. Pouco depois da deposição de Zelaya, em 28 de junho, Chávez já havia anunciado a medida punitiva mais importante: o fim do envio a Honduras de 20 mil barris de petróleo/dia, vendidos a preços subsidiados.
O regime Roberto Micheletti já sofre com o congelamento da ajuda internacional, cerca de 17% do Orçamento do país. Em termos comerciais, porém, não há sanções significativas. Os países da América Central determinaram embargo comercial horas depois do golpe, mas foram obrigados a reverter a decisão, em parte pela pressão das câmaras empresariais.
É consenso entre analistas que, a essa altura, tomar sanções de peso depende dos EUA, que compram 70% das exportações hondurenhas. Washington tem preferido a pressão diplomática e o cancelamento de vistos de políticos e empresários envolvidos no golpe.

Com agências internacionais



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