São Paulo, terça-feira, 17 de novembro de 2009

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Sarah Palin lança livro em que faz críticas à mídia e à campanha de McCain

JANAINA LAGE
DE NOVA YORK

A ex-candidata republicana à Vice-Presidência americana Sarah Palin iniciou ontem uma longa campanha de lançamento de seu livro de memórias "Going rogue: an american life" com uma entrevista à apresentadora Oprah Winfrey, uma das maiores apoiadoras da campanha de Barack Obama.
Na entrevista, Palin teceu críticas à campanha do candidato John McCain e disse que não está nos seus planos "neste momento" uma candidatura à Presidência em 2012 -mas foi cuidadosa nas respostas e não descartou de todo a possibilidade.
Palin afirmou que pretende se concentrar nas eleições para o Congresso em 2010, na qual os republicanos almejam ganhar espaço sobre os democratas. "Estou me concentrando em 2010 e tenho certeza de que vamos ter questões para tratar. Não sei o que estarei fazendo em 2012", disse.
Palin fez queixas sobre a interferência da candidatura em seu visual e da falta de estrutura para rebater acusações menores que poderiam ser facilmente desmentidas. Disse que o pior episódio da candidatura foi quando teve seus e-mails abertos, com a divulgação de mensagens para familiares. Entre as pequenas mentiras que diz que facilmente poderiam ter sido rebatidas, afirma que foi acusada de banir "Harry Potter" na cidade onde foi prefeita antes mesmo do livro ter sido lançado.
A imprensa é alvo de algumas das maiores críticas da ex-governadora do Alasca. Os comentários mais ácidos foram feitos em relação à jornalista Katie Couric, da CBS. A entrevista a Couric, na qual Palin não conseguiu citar nomes de jornais e revistas que lia regularmente, é considerada um dos maiores pontos da derrocada da candidatura republicana.
Na entrevista, disse a Oprah que estava irritada com a jornalista e que tinha ficado ofendida com a pergunta. Afirmou ainda que tinha sido convidada para participar de uma entrevista leve, feminina.
Palin acusa a campanha de McCain de não ter percebido o efeito devastador da entrevista. "A campanha disse: siga em frente. Você está mostrando sua independência."
Com o livro, Palin ganhou um canal direto para se comunicar com a base de eleitores republicanos sem o filtro da mídia. Ela pretende fazer uma longa campanha de lançamento do livro, que inclui viagens e participação em outros programas de TV.


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