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Israel planejou matar Saddam durante o funeral do tio, em 92
DA REDAÇÃO
Israel planejou assassinar o ex-ditador iraquiano Saddam Hussein num funeral após a Guerra
do Golfo (1991), mas a operação
foi cancelada após cinco soldados
terem morrido durante os preparativos. A informação foi dada anteontem por fontes do Exército israelense.
Os militares israelenses levantaram uma década de censura ao divulgar a história, permitindo que
os jornais do país publicassem detalhes do plano dias depois da
captura do ex-ditador.
O governo israelense nunca
chegou a aprovar o plano, que seria uma retaliação contra os ataques com mísseis Scud iraquianos
durante a Guerra do Golfo.
O plano consistia em infiltrar
equipes israelenses no território
iraquiano, a alguns quilômetros
de um cemitério onde estava prevista a presença de Saddam -o
enterro seria de um tio que, segundo a inteligência israelense,
estava prestes a morrer.
Os soldados então disparariam
um míssil inteligente especialmente adaptado com uma pequena câmara em seu "nariz", o que
permitiria direcioná-lo para atingir Saddam em meio à hipotética
multidão de assessores, familiares
e guarda-costas.
A operação, no entanto, foi cancelada depois que cinco soldados
foram mortos por um míssil em
um ensaio do plano no sul de Israel, em 5 de novembro de 1992.
O plano foi elaborado logo após
a guerra, quando dezenas de mísseis iraquianos atingiram cidades
israelenses.
Na época, Israel ficou sob intensa pressão dos EUA, seu principal
aliado, para não responder aos
ataques. Analistas militares, no
entanto, acreditavam na época
que essa decisão seria interpretada como um sinal de fraqueza de
Israel diante dos adversários.
Com agências internacionais
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