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QUEM É
Hersh é astro da reportagem de investigação
DE NOVA YORK
O jornalista Seymour Hersh,
67, firmou-se como um dos
principais nomes da imprensa
investigativa dos EUA em 1969,
quando revelou ao mundo o
massacre executado por soldados americanos em My Lai, durante a Guerra do Vietnã.
O massacre ocorrera em março do ano anterior e fora acobertado por autoridades dos
EUA. Os soldados chegaram à
cidade após receberem a informação de que se tratava de um
bastião vietcongue. Sem achar
nenhum insurgente e preparados para um grande ataque, acabaram lançando a operação
mesmo assim. Cerca de 500 civis
foram mortos -sendo a maioria idosos, mulheres e crianças.
Muitos foram torturados.
A cobertura lhe rendeu um
prêmio Pulitzer. Desde então ele
manteve a mira no governo
americano e fez de seu nome
um dos mais respeitados pelos
colegas.
Em abril do ano passado,
Hersh voltou a trocar o papel de
jornalista pelo de fonte e a aparecer em manchetes quando revelou, simultaneamente com a
rede de TV CBS, as torturas cometidas pelas tropas dos EUA
contra prisioneiros no Iraque.
Foi seu texto ácido para a revista "The New Yorker" que deu
a dimensão dos maus-tratos
perpetrados por soldados dos
EUA, ilustrados em fotos dos
próprios. A reportagem rendeu
o livro "Cadeia de Comando".
Durante entrevista à Folha na
época do lançamento, o jornalista disse que os últimos quatro
anos de sua vida haviam sido
dominados pela preocupação
com os atos do governo de
George W. Bush, e que sua
maior motivação para torcer
contra a reeleição do presidente
era "ter um dia de folga" e "voltar para o mundo real", em que
pudesse apenas descansar.
(LC)
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