São Paulo, terça-feira, 18 de janeiro de 2005

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PÓS-TRAGÉDIA

Europeus temem ataque terrorista na Indonésia

Alarme falso de maremoto mata um e faz 12 mil fugirem no Chile

DA REDAÇÃO

Um falso alarme de tsunami provocou a morte de uma mulher e caos na cidade chilena de Concepción (500 km ao sul de Santiago) na madrugada de ontem. Milhares de pessoas -cerca de 12 mil- abandonaram casas e fugiram em direção das montanhas, segundo a polícia.
O rumor sobre o maremoto surgiu entre pescadores da região de San Pedro de La Paz. Eles relataram ter visto um recuo do mar por minutos (o mesmo que ocorreu na Ásia antes do maremoto). Depois da meia-noite, o boato se espalhou. Até a manhã de ontem, havia moradores nas colinas.
Segundo a polícia, mais de 12 mil pessoas fugiram -Concepción tem 214.505 habitantes. Houve acidentes de trânsito e pânico. Uma mulher de 68 anos morreu após parada cardio-respiratória.
O governo chileno classificou de "brincadeira de mau gosto" o falso alarme. O Escritório Nacional de Emergências chileno (Onemi) disse não ter registrado "movimentos anômalos no mar nem baixas drásticas das marés". O órgão atribuiu o pânico à sensibilidade da população à tragédia asiática. A cidade de Valdívia (740 km de Santiago), perto dali, foi o epicentro em 1960 do maior terremoto e tsunami da história.

Risco em Aceh
Enquanto Dinamarca e Suécia alertaram suas equipes de socorro para o perigo de ataques terroristas na Indonésia -e funcionários da ONU proibiram viagens na região-, separatistas da província de Aceh voltaram a dizer ontem que os estrangeiros não correm risco no país. Cerca de 115 mil pessoas morreram em Aceh, um dos locais mais atingidos pelo tsunami. O total de mortos na Ásia passou a 175 mil, com a confirmação de mais vítimas no Sri Lanka.
"Nossas mães, esposas e crianças são vítimas. Nunca armaríamos emboscadas", disse Tengku Mucksalmina, líder do grupo GAM (Movimento Aceh Livre), que luta desde 1976 pela libertação da província.
O governo indonésio negou haver rumores de ataques. "Obviamente, dado o fato de Aceh ser uma região em conflito, a equipe de ajuda deve ter cuidado e estar atenta. Mas não temos tido maiores problemas", disse o secretário-geral da ONU, Kofi Annan.


Com agências internacionais

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