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PÓS-TRAGÉDIA
Europeus temem ataque terrorista na Indonésia
Alarme falso de maremoto mata um e faz 12 mil fugirem no Chile
DA REDAÇÃO
Um falso alarme de tsunami
provocou a morte de uma mulher
e caos na cidade chilena de Concepción (500 km ao sul de Santiago) na madrugada de ontem. Milhares de pessoas -cerca de 12
mil- abandonaram casas e fugiram em direção das montanhas,
segundo a polícia.
O rumor sobre o maremoto surgiu entre pescadores da região de
San Pedro de La Paz. Eles relataram ter visto um recuo do mar
por minutos (o mesmo que ocorreu na Ásia antes do maremoto).
Depois da meia-noite, o boato se
espalhou. Até a manhã de ontem,
havia moradores nas colinas.
Segundo a polícia, mais de 12
mil pessoas fugiram -Concepción tem 214.505 habitantes. Houve acidentes de trânsito e pânico.
Uma mulher de 68 anos morreu
após parada cardio-respiratória.
O governo chileno classificou de
"brincadeira de mau gosto" o falso alarme. O Escritório Nacional
de Emergências chileno (Onemi)
disse não ter registrado "movimentos anômalos no mar nem
baixas drásticas das marés". O órgão atribuiu o pânico à sensibilidade da população à tragédia
asiática. A cidade de Valdívia (740
km de Santiago), perto dali, foi o
epicentro em 1960 do maior terremoto e tsunami da história.
Risco em Aceh
Enquanto Dinamarca e Suécia
alertaram suas equipes de socorro
para o perigo de ataques terroristas na Indonésia -e funcionários
da ONU proibiram viagens na região-, separatistas da província
de Aceh voltaram a dizer ontem
que os estrangeiros não correm
risco no país. Cerca de 115 mil pessoas morreram em Aceh, um dos
locais mais atingidos pelo tsunami. O total de mortos na Ásia passou a 175 mil, com a confirmação
de mais vítimas no Sri Lanka.
"Nossas mães, esposas e crianças são vítimas. Nunca armaríamos emboscadas", disse Tengku
Mucksalmina, líder do grupo
GAM (Movimento Aceh Livre),
que luta desde 1976 pela libertação da província.
O governo indonésio negou haver rumores de ataques. "Obviamente, dado o fato de Aceh ser
uma região em conflito, a equipe
de ajuda deve ter cuidado e estar
atenta. Mas não temos tido maiores problemas", disse o secretário-geral da ONU, Kofi Annan.
Com agências internacionais
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