DO ENVIADO ESPECIAL A JERUSALÉM

Mordechai Vanunu está livre, mas não totalmente. Ele não pode deixar Israel até abril, quando se completa um ano de sua soltura. Também não pode se engajar em atividades políticas ou falar com estrangeiros, restrições que ignora e que já renderam a ele uma breve detenção em novembro.
Sua história tem contornos hollywoodianos. Vanunu, filho de imigrantes judeus marroquinos, começou a trabalhar nos anos 70 como técnico no centro de pesquisa nuclear israelense de Dimona, no deserto do Negev. Ali era enriquecido plutônio para fabricação de bombas nucleares.
Sentindo-se culpado por trabalhar para o projeto, ele tirou fotos de todas as instalações e as repassou ao jornal britânico "Sunday Times", que publicou em 1986.
O governo de Israel o prendeu usando uma agente secreta, que seduziu Vanunu e o atraiu à Itália. Lá, foi capturado e levado para Israel, onde foi julgado e preso. Nos primeiros 11 anos, ficou em uma solitária, sem direito a advogado e a visitas. (FZ)

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