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ELEIÇÃO
Atitude é rara no país islâmico
Reformistas atacam o líder supremo do Irã
DA REDAÇÃO
Mais de cem deputados reformistas iranianos acusaram o líder
supremo do país, o aiatolá conservador Ali Khamenei, de tratar
com desprezo a democracia e os
direitos básicos das pessoas.
Os deputados, incluindo Mohammad Reza Khatami -irmão
do presidente Mohammad Khatami-, enviaram uma carta a
Khamenei, na qual criticam seu
apoio ao veto à candidatura de
cerca de 2.500 reformistas a uma
cadeira no Parlamento. A eleição
legislativa ocorrerá na sexta-feira.
Os pedidos de candidatura dos
liberais foram vetados pelo Conselho de Guardiães, órgão que zela pelo respeito da Constituição
no Irã. Os 12 membros do conselho (clérigos e juristas) foram
apontados por Khamenei.
Críticas públicas ao líder supremo são muito raras, já que ele é
visto por seus simpatizantes como alguém que não comete erros
e só deve dar explicações a Deus.
A carta, que foi enviada a Khamenei anteontem, não deverá ser
publicada na imprensa iraniana.
"A revolução popular [1979]
trouxe liberdade e independência
ao país em nome do islã, mas o sr.
lidera hoje um sistema no qual liberdades legítimas e os direitos
do povo estão sendo espezinhados em nome do islã", diz o texto.
Nobel da Paz
A campanha pelo boicote à eleição de sexta-feira ganhou o apoio
de Shirin Ebadi, vencedora do
Prêmio Nobel da Paz de 2003. Ontem ela disse que não vai votar.
Com agências internacionais
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