São Paulo, sexta-feira, 18 de março de 2011 |
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Pré-sal terá cooperação de Brasil e EUA Comunicado conjunto de Dilma Rousseff e Barack Obama prevê coordenação para aumentar produção de petróleo Governo americano quer diversificar fontes de petróleo para fugir da dependência dos países do Oriente Médio PATRÍCIA CAMPOS MELLO ENVIADA ESPECIAL A WASHINGTON Brasil e Estados Unidos irão cooperar na exploração do petróleo do pré-sal para aumentar a produção do combustível no mundo. Segundo a Folha apurou, esta é a mensagem que deve constar no comunicado conjunto da presidente Dilma Rousseff e do presidente americano, Barack Obama, que chega amanhã ao país. A linguagem do comunicado ainda estava sendo negociada. Mas a ideia era mostrar que o Brasil tem interesse nos investimentos americanos no pré-sal e evidenciar para o mercado que a produção deve aumentar. Com isso, esperam-se efeitos positivos para influenciar no preço do petróleo. Por um lado, os EUA querem demonstrar que terão acesso a uma nova fonte de produção de petróleo, em um país amigo e democrático. Ao mesmo tempo, do lado brasileiro, não havia interesse em se comprometer com algo mais concreto, porque a percepção é de que há muitos países interessados em participar de licitações no pré-sal e mesmo em oferecer novas tecnologias. Paralelamente, continuam as negociações da Petrobras com o setor privado americano. Não se exclui a possibilidade de um acordo de garantia de fornecimento, semelhante ao fechado com a China, Em 2008, o país asiático emprestou US$ 10 bilhões à Petrobras, com o compromisso de a empresa exportar 200 mil barris diários por um período de dez anos. EIKE Também na área de energia, a EBX, do empresário Eike Batista, e a americana GE devem anunciar uma parceria em um projeto de US$ 1 bilhão de turbinas a gás. Durante a visita, os dois países vão assinar um acordo de cooperação em biocombustível de aviação. O acordo é um aprofundamento do tratado de biocombustíveis assinado em 2007 pelos presidentes George W. Bush e Luiz Inácio Lula da Silva. No acordo, os dois países se comprometem a estimular o uso de bioquerosene em suas forças aéreas. O Brasil produz bioquerosene de pinhão manso, que já foi usado em um voo de demonstração da TAM, e bioquerosene de cana-de-açúcar, em uma parceria entre a Amyris, a GE e a Embraer. A Força Aérea americana vem fazendo testes com bioquerosene de carmelina e algas. A ideia é que o uso militar do combustível ajude a disseminar o uso do bioquerosene nos países. A importância das discussões sobre energia ganhou relevo ainda maior depois da crise nuclear no Japão. O assessor da Casa Branca para América Latina, Dan Restrepo, afirmou que em meio "ao debate muito importante hoje sobre a conveniência da energia nuclear, temos uma situação complexa, e o presidente Obama desde o começo tem falado sobre a necessidade de fontes renováveis de energia". "Uma parte crucial da visita ao Brasil será a discussão sobre energia", disse o representante da Casa Branca. Colaborou ANDREA MURTA, de Washington Texto Anterior: EUA reclamaram de japonês na AIEA Próximo Texto: Assento no CS vai ser debatido, afirma assessor Índice | Comunicar Erros |
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